quarta-feira, 30 de junho de 2010

DCE entrega representação pedindo licitação no transporte em Santa Maria


Na tarde de hoje, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) entregou uma representação no Ministério Público Estadual, onde denuncia a não realização de licitação para as concessões das empresas que atuam no transporte público em Santa, uma exigência da Constituição de 1988 e da Lei Orgânica do Município.


O documento agora será analisado pelo MP, que poderá entrar com uma ação cívil-pública contra a prefeitura de Santa Maria exigindo que seja realizada a licitação. Clique aqui para saber mais sobre a representação.

A íntegra da representação entregue hoje pelo DCE ao MP pode ser conferida no link.

Proposta da Reitoria coloca Vestibular da UFSM em risco

Se aprovada amanhã pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da UFSM, a proposta da Administração Central de novo modelo ingresso aos cursos de graduação da Universidade pode inviabilizar o Vestibular de 2011. Isso porque há um flagrante desrespeito a um princípio básico de todo o concurso, o princípio da isonomia, que diz que todos os candidatos devem concorrem em condições de igualdade.

No modelo proposto pela reitoria os candidatos do sistema seriado fariam provas ao longo de três anos e os do sistema único fariam todas as questões referentes aos três anos do Ensino Médio de uma só vez, ou seja, os candidatos, que concorrem a mesma vaga, fariam questões diferentes, elaboradas e corrigidas por bancas distintas. Essa ilegalidade da proposta pode fazer com que, aprovado na reunião de amanhã, a UFSM tenha o Vestibular suspenso por decisão judicial do Ministério Público.

Mesmo que Vestibular seja realizado, à medida que algum candidato se sentir prejudicado por uma prova mais fácil para candidatos que concorrem em outro sistema - e é notório o desnível entre provas de vestibular em anos diferentes - ingresse na justiça para requerer vagas na UFSM.

Para que se tenha tratamento diferenciado deve se presumir que os candidatos não concorrem em situação de igualdade, ou seja, a igualdade seria garantida pelo tratamento desigual para quem é desigual, é essa premissa que sustenta os programas de ações afirmativas, inclusive na própria UFSM. Porém, não há nenhum motivo cabível para exista o tratamento diferenciado entre quem faz no sistema único e quem faz no seriado, pois ambos os sistemas são disponíveis para qualquer candidato.

Pelo bem dos que pretendem ingressar em algum dos mais de cem cursos ofertados pela UFSM e pelo bem da própria Instituição, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão deve rejeitar a proposta de Vestibular da Reitoria.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Transporte: Ato Público

O DCE entrega representação pedindo que seja realizada licitação para as concessões das empresas que atuam no transporte público em Santa Maria. A concentração para o Ato acontece às 13h, na praça Saldanha Marinho.

Mais informações aqui.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Professor diz que proposta de ingresso à UFSM é "PEIES de cara nova"




Francisco Freitas critica proposta da reitoria e defende a elaborada pelo DCE
Publicada em 25/06/10







Junto com colegas do departamento, Freitas é a favor de prova dissertativa



Ele tem sido presença constante nos debates com a pró-reitoria de Graduação quando se trata de uma nova proposta de ingresso dos estudantes na UFSM. Mas isso não é sem motivo. O professor Francisco Freitas, do departamento de Metodologia do Ensino do Centro de Educação, estuda pelo menos desde 2008 uma proposta alternativa, que não passe pelo PEIES e, ao mesmo tempo, que não seja igual ao vestibular. Esses estudos foram elaborados com outros colegas de departamento, entre os quais, os professores Guilherme Corrêa e Décio Auler. Com base nesse estudo mais aprofundado é que Francisco tem se manifestado contrário à proposta da reitoria. Segundo ele, o é proposto pela Administração Central mantém a estrutura atual do PEIES, dando-lhe apenas “uma cara nova”.
E por que a contrariedade ao PEIES? No entendimento de Francisco Freitas, o processo de seleção de estudantes, criado há 15 anos, se preocupa em formar um aluno apenas para o mercado de trabalho. “Os conteúdos aplicados nas escolas são engessados, baseados naquilo que a UFSM define, tirando a autonomia do educador”. Conforme o professor, apesar de a reitoria afirmar que esses conteúdos são discutidos com as escolas, na prática, ele, que orienta estagiários em diversas escolas de Santa Maria, não percebe que haja efetivamente um diálogo.
Freitas aponta outros motivos para que a reitoria defenda vigorosamente a sua proposta como a melhor. Para ele, ao tentarem puxar o processo de seleção para o mês de dezembro, tentam realizar um jogo contábil em relação ao orçamento da instituição. E, também, diz ele, a manutenção de um processo seletivo que seja semelhante ao PEIES representa uma solução custo-benefício mais econômica do que querer “repensar” toda uma metodologia já existente.
Mesmo considerando que a proposta de ingresso elaborada pelos estudantes, através do DCE, não é exatamente a dos seus sonhos, Francisco Freitas a defende. Para destacar as diferenças, é importante ressaltar que a reitoria propõe uma forma de ingresso seriada, com três provas, uma em cada série do segundo grau, e ainda uma quarta prova, que seria semelhante a um vestibular, sendo unificada. A novidade é que quem não estiver estudando no momento, mas que já tenha concluído o ensino médio poderá realizar o processo seletivo. Entretanto, o professor do departamento de Metodologia do Ensino acredita que essa iniciativa tem pouca relevância. Segundo ele, quem está fora do sistema de aprendizagem certamente terá mais dificuldade em assimilar os conteúdos, por estar descontextualizado.
QUALIDADE- O motivo que leva o professor Francisco Freitas a defender a proposta dos estudantes é o fato de eles incluírem em uma segunda fase do processo de seleção a existência de uma prova “dissertativa”. Na primeira fase seletiva, eles propõem a utilização do “novo ENEM”. No caso da prova dissertativa, seriam realizadas por iniciativa da universidade audiências públicas para definir 10 temas transversais que seriam trabalhados nas escolas. Isso, conforme o professor, resultaria na inserção das escolas e da própria universidade em uma lógica de trabalhar a realidade da região. “Dessa forma pode ser dada uma visão de multiplicidade sobre um mesmo tema, recuperando a relação entre função, prática, educação e o contexto social”.
A proposta do segmento estudantil foi elaborada tomando ao menos uma parte do que foi pensado por Freitas e seus colegas do departamento de Metodologia do Ensino. A ideia original seria de ter, numa primeira fase do processo seletivo, a possibilidade de o concorrente à vaga escolher, dos seus 17 anos de estudos, as melhores notas do histórico escolar ao longo dos últimos 10 anos. Já a segunda fase seletiva seria exatamente da forma defendida pelo DCE.
Ao trabalhar com a proposta da prova dissertativa baseada em 10 temas escolhidos, o professor ressalta que isso romperia com a lógica existente hoje que é a da centralização das decisões em cima da Comissão do Vestibular (Coperves). Francisco Freitas explica que cada área, ou seja, cada Centro de Ensino criaria uma comissão de professores que seria responsável por dialogar com as escolas sobre esses conteúdos. “É justamente a questão da descentralização que parece assustar muitas pessoas, pois não é fácil perder fatias de poder”, observa ele.
Em todos os debates que têm ocorrido, Freitas ressalta que tem sido usado o argumento de que qualquer processo seletivo tem que ser isonômico. Entretanto, segundo o entendimento dele, tanto o PEIES como o que foi proposto agora pela reitoria não são “pedagogicamente isonômicos”. Conforme Freitas, quando se fala em currículo, a compreensão é de que este possui uma parte com conteúdo fixo e outra com conteúdo diversificado. “Os processos de seleção construídos pela universidade se preocupam com a parte fixa dos conteúdos, ignorando o que seria diversificado, justamente o aspecto que a proposta que inclui a prova dissertativa contempla”, explica ele.
Na próxima quinta, 1º de julho, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) se reúne para discutir e votar a proposta de ingresso apresentada pela reitoria. Já quanto à proposta apresentada pelos estudantes, e que tramita nas comissões do CEPE, não se sabe se já será analisada pelo plenário do Conselho.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Ass. de Impr. da SEDUFSM

Transporte Público: DCE entra com representação no MP

Na quarta-feira, às 14h30mim, o DCE da UFSM entrega uma representação no Ministério Público Estadual pedindo que seja realizada licitação para as concessões das empresas que atuam no transporte público urbano em Santa Maria.

A licitação para serviços públicos é obrigatória a partir da Constituição de 1988, porém nunca foi realizada em Santa Maria. O DCE entende que a sociedade deve intervir a ponto de incidir em pré-requisitos para as empresas que querem operar no setor na cidade, e que com a licitação a população poderá ter um serviço de qualidade e também mais barato.

Diariamente, os cidadãos de Santa Maria convivem com um serviço caro para os padrões da cidade e com ônibus precários. O sistema adotado pela prefeitura tem sido um sistema radial, não interligando os bairros da cidade, nos últimos meses diminuiu consideravelmente os horários de ônibus para o campus em Camobi a partir das 19h e nos finais de semana. Uma das criticas do DCE no atual modelo, é que fiscalização dos serviços é feita pelas próprias empresas concessionárias.

O pedido de licitação é apenas um primeiro passo, mas pode representar muito para Santa Maria. Porém não há dúvidas que é necessário para a moralidade da Prefeitura na relação com as empresas que atuam no transporte urbano de passageiros.

Proposta do DCE terá parecer no CEPE

O Processo Transversal de Seleção (PTS), proposto pelo DCE, terá parecer na próxima reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) . As comissões internas do CEPE decidiram, de maneira unânime, propor um fórum de discussão com a comunidade para aprimorar a proposta, a sugestão será apresentada ao plenário na quinta-feira desta semana.

O parecer do CEPE contempla o que o DCE vem propondo desde que percebeu que as "audiências públicas" realizadas pela Prograd não estavam ouvindo a comunidade e que era preciso uma discussão mais aprofundada e menos apressada sobre o tema, devido a sua importância. A construção de uma proposta verdadeiramente democrática, como o DCE quer que o PTS seja, prescinde desses espaços de discussão e de elaboração conjunta.

Na medida em que critica a maneira autoritária e o inexistente diálogo na elaboração das mudanças propostas pela reitoria, o DCE marcou posição na reunião das comissões pedindo a ampliação do debate. Ao encontro disso, a entidade também irá propor uma maior discussão sobre a proposta da reitoria.

O CEPE é um órgão superior na UFSM e que entre as suas atribuições decide as regras do vestibular, é composto por 50 membros, sendo 11 estudantes indicados pelo DCE.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Estudantes da UFSM barram aprovação de proposta de Vestibular da Reitoria

Texto de Pedro Sérgio da Silveira (DCE UFSM/UNE)
Fotos: Rafael Cabral Macedo (DCE UFSM/DAMED)

Cria vergonha! O seu REItor, não te elegeram pra virar um Ditador!”


Na manhã desta terça-feira (22/6) o movimento estudantil da UFSM barrou a realização do CEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) que iria aprovar de forma autoritária a proposta de novo vestibular elaborado pela Reitoria da UFSM.

Os estudantes se manifestaram tanto por discordar da proposta elaborada pela Reitoria, como por repudiar a forma antidemocrática que a mesma vem encaminhando o processo, sem realizar um amplo debate com toda a sociedade.

Atualmente a UFSM possui dois processos seletivos: 80% ingressam pelo Vestibular tradicional e 20% pelo PEIES (Programa de Ingresso ao Ensino Superior), programa de avaliação seriada durante todo o Ensino Médio. Em 2007 conquistamos a aprovação do programa de Ações Afirmativas da UFSM para estudantes oriundos de escolas públicas, afro-brasileiros, indígenas e portadores de necessidades educativas especiais.

A proposta construída pela Reitoria é a fusão entre PEIES e Vestibular, acabando com percentuais específicos de cada modalidade, que passarão a se chamar Modalidade Seriada e Modalidade Única, além de utilizar 20% da composição da nota pelo Novo ENEM. Na prática isto irá acarretar um grande prejuízo a toda educação gaúcha, pois reforçará a padronização curricular e o engessamento do trabalho docente nas escolas, estimulando um viés alienante de educação bancária, a competição e a decoreba, disseminando “cursinhos pré-PEIES” por todo o estado. Esta proposta foi simplesmente apresentada em “audiências públicas” sem divulgação e nenhuma crítica foi sequer considerada. (disponível no site da Coperves)

O DCE-UFSM elaborou uma proposta alternativa de forma de ingresso, o Processo Transversal de Seleção, o qual protocolou no CEPE em contraponto a proposta da Reitoria. O PTS consiste em um processo seletivo em duas etapas, ambas com peso de 50%. A primeira etapa é o Novo ENEM, com o objetivo de contemplar o currículo escolar e por ser uma prova mais reflexiva, sem, no entanto, disponibilizar as vagas da UFSM ao SiSU (Sistema de Seleção Unificada) do MEC. A segunda etapa consiste de uma prova dissertativa de 5 questões, elaborada a partir de um tema transversal sorteado dentre dez temas transversais (gênero, meio ambiente, direitos humanos, etc.) divulgados pela UFSM para toda sociedade no início de cada ano, sendo elaborada uma prova específica para cada área do conhecimento (Centros da UFSM, rurais, humanas, artes, saúde, etc.). O principal objetivo desta proposta é gerar um menor impacto da UFSM no Ensino Médio, maior liberdade para as escolas e educadores formarem seu currículo e definir sua metodologia de ensino, estimulando o uso dos Temas Transversais e o trabalho multidisciplinar entre os educadores, com o incentivo a leitura, a escrita e a reflexão crítica aos educandos. (Proposta completa)

A Reitoria da UFSM praticamente desconsiderou a proposta elaborada pelos estudantes e não a encaminhou ao CEPE. Já em relação a sua proposta oficial, mesmo sem esta estar na pauta do CEPE de sexta-feira passada (18/6), através de uma manobra política o Reitor fez com que fosse à discussão, em que o DCE pediu vistas do processo para apresentar um parecer contrário. Em uma nova manobra, o Reitor convocou para esta terça-feira (22/6) a realização de um CEPE extraordinário.




Patrolando de ponta a ponta! educação: quem vai pagar a conta?”
Diante desta situação, cerca de 100 estudantes mobilizaram-se para barrar a realização deste CEPE extraordinário e exigir que a proposta elaborada pelo DCE entrasse para a pauta do Conselho, que deve ser realizado em sessão ordinária na quinta-feira da próxima semana (1/7). Munidos de cartazes e apitos os estudantes foram até o último andar da Reitoria e impediram a entrada de qualquer pessoa na Sala dos Conselhos, conquistando os objetivos do ato. Assim, na próxima quinta ocorrerá um CEPE em que estarão em pauta as duas propostas de forma de ingresso para a UFSM existentes na UFSM. Após a realização do ato discutimos com o Reitor na Sala dos Conselhos, apresentando nossas divergências e cobrando a realização de um Congresso Estatuinte Paritário para democratizar a UFSM. (notícias televisionadas na mídia gaúcha aqui e aqui, que não explicam direito o que aconteceu.)
Na tarde desta quarta-feira (23/6) foi realizado um debate pelo DCE sobre as duas formas de ingresso em questão e os impactos no Ensino Médio, contando com a presença da Reitoria, DCE e educadores, em que novamente confirmaram-se nossas críticas a proposta da Reitoria, que não passa de um mero reajuste técnico com o objetivo de trazer mais lucros a UFSM por meio do processo seletivo, sem alterar em nada a essência do vestibular, enquanto que a proposta do DCE visa estabelecer uma relação de novo tipo entre universidade, vestibular e ensino básico.


Seguiremos em luta!


DCE lança campanha pelo reajuste do teto da Carência

CAMPANHA PELO REAJUSTE DO TETO DA CARÊNCIA E MELHORIAS NO PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL DA UFSM

PELO DIREITO À EDUCAÇÃO!

Os Programas de Assistência Estudantil na educação são importantes instrumentos de inclusão social e de garantia ao direito à educação aos estudantes de baixa-renda. Graças às lutas dos estudantes, hoje a UFSM possui hoje um dos principais programas de permanência estudantil do Brasil. Em um contexto de ampliação de vagas e criação de novos campi da UFSM é necessário que se garanta, para além do acesso, a permanência dos estudantes na universidade.

Precisamos avançar no Programa de Assistência Estudantil da UFSM, e neste momento lutamos por:

  • - Reajuste do Teto do Benefício Sócio-Econômico (‘carência’) e sua vinculação ao parâmetro do Governo Federal


    • Desde 1999 em R$ 500 mensais por pessoa da família, está muito defasado e não possui um índice de reajuste. Em 1999 o salário mínimo era de R$ 160 e hoje é de R$ 510. Logo, restringiu-se demais o acesso a carência na UFSM.


      • Defendemos o Reajuste imediato deste teto e sua vinculação ao critério 1,5 salários mínimos por pessoa da família (estipulado pela bolsa integral do ProUni) para “carência total” e de 3 salários mínimos para “carência parcial” (bolsa parcial do ProUni - sem direito à moradia estudantil);


        • - Que os pedidos e a análise de documentação para aquisição do Benefício Sócio-Econômico VOLTEM a ser realizados pela PRAE durante todos os meses;


          • - Que os estudantes “não-carentes” possam realizar as 3 refeições nos RUs, sem o aumento dos preços (café-da-manhã R$1,00, almoço e janta R$2,50), sem o aumento dos preços aos carentes; permissão para fazer as refeições em todos os RUs;


            • - Que as bolsas de pós-graduação não sejam consideradas renda para aquisição do Benefício Sócio-Econômico (acesso a moradia na CEU III e R.U.), pois têm por principal função o complemento a formação acadêmica e muitas vezes não são recebidas durante todo o curso;


              • - A implementação integral do Programa de Assistência Estudantil da UFSM nos campi do CESNORS e UDESSM (Unidade em Silveira Martins), com a criação de Secretarias de Assuntos Estudantis em cada campi, com a agilização do processo de liberação da ‘carência’;


                • - Pela integração da UFSM: ônibus semanal gratuito entre CESNORS-Santa Maria e ônibus diário entre Santa Maria-UDESSM (ou a liberação do CNPJ da UFSM para aluguel de transporte);

                terça-feira, 22 de junho de 2010

                DCE promove nesta quarta-feira debate sobre as formas de ingresso na UFSM

                Nesta quarta-feira (23/06), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) promove um debate com o tema “Formas de ingresso na UFSM e os impactos no ensino médio: duas propostas em questão”. Nesta atividade, serão discutidas a proposta do novo Sistema de Ingresso à Graduação na UFSM, elaborada pela reitoria da universidade, e também a proposta de ingresso construída pelo DCE. O debate ocorre às 17h, no Auditório Sérgio Pires (anexo ao prédio 17 do campus).

                O debate contará com a presença do professor Francisco Estigarribia de Freitas, do Departamento de Metodologia do Ensino, Pedro Silveira, diretor de Movimentos Sociais da União Nacional dos Estudantes (UNE), o pró-reitor de Extensão, João Rodolpho Flores, e um representante da Pró-Reitoria de Graduação.

                segunda-feira, 21 de junho de 2010

                Estudantes denunciam pressão da reitoria

                Do site da SEDUFSM (Seção Sindical dos Docentes da UFSM)

                Polêmica envolte tentativa da reitoria em aprovar nova proposta de ingresso à UFSM

                Publicada em 21/06/10
                Membros do DCE com a SEDUFSM e assessoria jurídica do sindicato
                Os integrantes do Diretório Central de Estudantes (DCE) participaram de uma reunião na manhã desta segunda, 21, na sede da SEDUFSM, quando denunciaram pressões da reitoria para aprovação da nova proposta de ingresso à UFSM. Conforme o coordenador de comunicação do DCE, José Luiz Zasso, na reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da última sexta, 18, o reitor da instituição, Felipe Müller, mesmo sem um parecer das comissões, avocou o projeto de alteração do ingresso, de autoria da reitoria, para a ordem do dia, e deu um prazo de 15 minutos para que fossem feitos esses pareceres. Elaborados os pareceres em um tempo restrito, o projeto iria então à votação. Isso só não ocorreu porque os estudantes fizeram um pedido “de vistas”. Na sequência, o reitor convocou reunião extraordinária do CEPE para esta terça, 22, quando deverá ser apreciado o projeto da reitoria.

                A polêmica não se encerra apenas na agilidade com o que o reitor busca votar o projeto de seu interesse no Conselho Superior. O DCE reclama também que a proposta elaborada pela entidade deveria estar sendo apreciada pelo CEPE. Segundo o coordenador geral, Eduardo Miotto Flech, o documento elaborado pela entidade foi encaminhado ao reitor, que por sua vez, solicitou pareceres da procuradoria jurídica e pró-reitoria de Graduação. Conforme o estudante, apesar de avaliações críticas por parte da Projur e da Prograd, não havia contrariedade quanto à legalidade do conteúdo. Entretanto, ao invés de encaminhar ao CEPE, para que seguisse a tramitação da proposta do DCE, o professor Felipe Müller devolveu o documento à entidade estudantil. Com isso, no momento em que o CEPE foi chamado a se pronunciar, somente a proposta da reitoria estava em pauta.

                O segmento representativo dos estudantes está inconformado com o que eles consideram uma “manobra política” da reitoria para aprovar a proposta de ingresso à UFSM sem qualquer contraponto. Conforme os estudantes, as comissões do CEPE responsáveis pela emissão de pareceres haviam se pronunciado no sentido de que avaliariam a proposta da reitoria de forma conjunta com a proposta dos estudantes. Entretanto, a ação do reitor teria inviabilizado essa possibilidade, criticam os estudantes.

                O presidente da SEDUFSM, professor Rondon de Castro, que participou da reunião com os membros do DCE, afirmou que o sindicato docente é solidário às reivindicações estudantis para que seja garantido o processo democrático na instituição. O Diretório Central deve acionar ainda nesta segunda-feira o Ministério Público Federal para que este se pronuncie sobre a questão e também agirá administrativamente para que a proposta do segmento seja levada ao conhecimento dos membros do CEPE. Participaram da reunião na sede da SEDUFSM nesta segunda: Rondon de Castro, presidente da SEDUFSM; Heverton Padilha, assessor jurídico do sindicato docente; Eduardo Miotto Flech (coordenador geral do DCE); Flávia Hardt Schreiner (coordenação jurídica do DCE); José Luiz Zasso (coordenação de Comunicação do DCE) e Gabriel Fioravanti (coordenação jurídica do DCE).

                Texto e foto: Fritz R. Nunes
                Ass. de Impr. da SEDUFSM


                Autoritarismo nos Conselhos Superiores da UFSM!

                Nesta última sexta-feira, a Universidade Federal de Santa Maria viu a sua democracia subjugada durante reunião plenária de seu Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, CEPE, explicitando o autoritarismo da gestão Felipe e Dalvan. No dia 18 de junho, do ano em que completa sua quinta década, a UFSM teve sua história manchada pela condução dada por seus quadros dirigentes.

                Como amplamente divulgado pela imprensa local, a Reitoria e o Diretório Central de Estudantes elaboraram propostas diferentes de alteração da metodologia de seleção aos cursos da UFSM. O que é mais diverso ainda são os rumos que estas propostas tomaram ao longo do sinuoso percurso que existe entre o Protocolo Geral e o Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, foro onde devem ser discutidas quaisquer propostas. Enquanto a proposta dos Estudantes mergulhou em uma zona cinza e nebulosa, entre o Gabinete do Reitor e a PROGRAD, a proposta da reitoria entrou no Protocolo Geral desenhando uma trajetória retilínea em direção as comissões que compõem o CEPE.

                Nestas comissões, após uma primeira análise, a proposta institucional foi duramente criticada por conta de sua prolixa e confusa redação, além da ausência de justificativas para sua adoção e o aval do procurador jurídico quanto à legalidade da mesma. Encaminhada para adequação na PROGRAD, a proposta da administração central retornou rapidamente para análise das comissões que registraram em Ata de Reunião a deliberação de não emitir parecer sobre a proposta da Reitoria sem analisar conjuntamente a proposta do DCE.

                Após esta corajosa deliberação das comissões, a proposta encaminhada pelos Estudantes é impedida de seguir seu destino em direção ao CEPE e é devolvida aos Estudantes com um parecer sobre a mesma emitido arbitrariamente pelo Reitor da UFSM.

                O pior estaria ainda por vir.

                Temendo a possibilidade de que a proposta dos Estudantes seja aprovada pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, o Reitor, resolve aprovar sua proposta a qualquer custo. Através de uma manobra regimental, o Reitor induz as comissões a acreditar que existe apenas uma proposta em tramitação. Desta forma, as comissões são forçadas a elaborarem em quinze minutos um novo parecer favorável sobre a proposta da Reitoria. Feito isso, o processo da administração central poderia finalmente chegar até o destino tão almejado por seus autores: uma atropelada aprovação durante votação na plenária do CEPE.

                Os representantes estudantis, fazendo uso de suas atribuições, pedem vistas ao processo da reitoria, imaginando com isso conseguir mais quinze dias para a discussão de uma ação que altera a vida de 80000 pessoas, segundo estimativa da própria COPERVES.

                Então, o magnífico Reitor, com a intenção de prejudicar o trabalho dos Estudantes no parecer de vistas, faz uso do poder político de seu cargo e consegue extrair da plenária o agendamento da próxima reunião para a próxima terça-feira. Com isso, os Estudantes precisam elaborar seu parecer de vistas com prazo curtíssimo de 48h úteis.

                O Diretório Central de Estudantes repudia a forma acintosa e autoritária com que a Reitoria vem conduzindo a tentativa de aprovar sua proposta de vestibular. Repudia a forma desrespeitosa e sem precedentes com que a administração do Senhor Felipe fere a autonomia e independência dos Conselhos Superiores da instituição, e cerceia a democracia que tais instâncias deveriam balizar.

                Reafirmamos que nossas ações são pautadas nos bons interesses da instituição e da educação brasileira. Seguiremos em luta constante e diligente pelo projeto de uma universidade pública, democrática e popular.

                UFSM: Não cometa este crime, por favor!

                Por Luís Felipe Tusi, acadêmico de farmácia da UFSM, em seu blog, um pedido para a UFSM.

                "Na minha sincera opinião, a nova proposta de ingresso aos cursos de graduação da UFSM defendida pela Reitoria é completamente absurda e elitista.

                Na prática, ocorrerá a fusão do PEIES com o Vestibular, não havendo mais a limitação de 20% das vagas para o PEIES. Não importa se o estudante fez o módulo seriado (Prova 1 Ano + Prova 2 ano + Prova 3 ano + Redação) ou o módulo único (vestibular tradicional). Todos concorrerão a 100% das vagas.

                Este novo processo favorecerá de forma escancarada quem ainda está na escola cursando o ensino médio, em detrimento de quem acabou o segundo grau.

                Alerto para a disseminação de cursinhos preparatórios pré-Peies pagos privados, favorecendo o acesso às vagas na UFSM para aqueles estudantes provenientes de famílias de classe média e alta.

                Numa época em que se abrem discussões sobre a necessidade de revitalização do ensino médio, seja preparando melhor os alunos para o mercado de trabalho, especialmente para cargos de nível técnico; seja estimulando leituras e reflexões críticas; seja dando um enfoque vocacional e incentivando a desenvolver competências; entre tantas outras louváveis idéias...

                Surge esta proposta absurda na UFSM, que vai restringir ainda mais os currículos das escolas gaúchas, aprisionando o trabalho dos professores e incentivando de forma irresponsável a decoreba nas salas de aula.

                Será que ninguém enxerga que este novo método de ingresso na UFSM será um aval para a manutenção deste currículo defasado do ensino médio?

                Tomara que o bom senso não permita que esta proposta seja aprovada. Que uma luz vinda dos céus ilumine a mente dos 49 conselheiros com direito a voto. Ou nossos alunos continuarão tendo o ensino médio como um caminho que leva do nada para lugar algum.

                Esta é a minha opinião, independente de filiação partidária, tanto minha quanto dos envolvidos em ambos os lados do debate."

                sábado, 12 de junho de 2010

                Abaixo-assinado pela abertura dos arquivos da ditadura

                OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil - seção Rio de Janeiro) está promovendo a Campanha pela Memória e pela Verdade em defesa da abertura dos arquivos da repressão política durante a ditadura militar brasileira, entre 1964 e 1985.


                Para acessar o abaixo-assinado, clique aqui.


                sexta-feira, 11 de junho de 2010

                NARUA exibe "Sonho Real"

                O Núcleo de Apoio a Reforma Urbana e Agrária (NARUA) exibe na próxima terça-feira, dia 15, o filme Sonho Real - Uma história de luta por moradia, produção do Centro de Mídia Independente (CMI) de Goiana. A apresentação acontece na União Universitária, às 19h30mim, e terá comentários de Cristiano Schumacher, do Movimento Nacional de Luta pela Moradia.

                Sonho Real, produzido em 2005, mostra o violento despejo de três mil famílias do Parque Oeste Industrial da capital do estado de Goiás. Na chamada "Operação Inquietação", por quinze dias, a polícia goiania utilizou-se da tática de atacar e amendrontar os moradores, culminando numa ação que envolveu mais de 2500 policiais.





                Quando: 15/06 (terça-feira) às 19:30 h
                Onde: Na União Universitária(em cima do Restaurante Universitário antigo)
                Quanto: Gratuito

                Luta por um novo processo seletivo para UFSM

                Aqui na UFSM - Universidade Federal de Santa Maria/RS - estamos passando pelo processo de mudança do sistema de ingresso aos cursos de graduação da instituição.

                Atualmente existem duas formas de se ingressar na UFSM: 80% das vagas são destinadas ao Vestibular tradicional, enquanto os demais 20% são disputados por estudantes do Ensino Médio através de uma avaliação seriada ao final de cada ano, pelo PEIES (Programa de Ingresso ao Ensino Superior, existente desde 1995). Históricamente o movimento educacional critica ambas as formas de seleção, dado o seu caráter excludente e elitista, assim como pela influência perversa que estabelecem sobre a educação básica, em especial o Ensino Médio.

                Em 2007 conquistamos a aprovação do Programa de Ações Afirmativas da UFSM, com reserva de vagas para estudantes egressos de escolas públicas (20%), negros/as (13%), indígenas (5 vagas) e portadores de necessidade educativas especiais (5%). Este foi um passo muito importante no sentido da democratização da UFSM, o que vêm mudando a cara da instituição e desconstruindo uma série de mitos e preconceitos quanto as políticas de Ações Afirmativas. 

                Agora passamos para outro momento importante em relação a questão do formato de ingresso da UFSM.

                Resumindo, as propostas são o seguinte:

                A da Reitoria 

                Modalidade Seriada e Única: fusão do PEIES e do Vestibular, de forma a que não haverá mais a limitação de 20% das vagas do ingresso para a avaliação seriada (PEIES). Todas as pessoas farão as mesmas provas, tanto quem está na escola fazendo a prova anual (modalidade seriada, possuindo também o direito de refazer as provas dos anos anteriores - desde que pague novamente, ficando com as maiores notas obtidas), como quem já terminou o Ensino Médio, pois nos 3 dias de "vestibular" (modalidade única), em cada dia cairá o conteúdo de cada ano do Ensino Médio (de todas as matérias em cada dia, sendo as mesmas provas realizadas por quem está fazendo a modalidade seriada). Também fica estabelecido que 20% da nota do candidato será obtida através do Novo ENEM; que a realização de todo o processo será descentralizado pelo RS, com as provas sendo realizadas antes do natal.

                Na nossa opinião esta proposta irá favorecer muito quem ainda está na escola, dificultando muito mais para quem já terminou o Ensino Básico - principalmente se for trabalhador/a. Também irá disseminar pelo RS os cursinhos pré-PEIES que existem aqui em Santa Maria, elitizando ainda mais o acesso à UFSM. Estimulará a competição entre escolas, professores e estudantes.

                Além disto, fortalecerá o engessamento pedagógico e curricular do trabalho docente, submetendo e uniformizando os currículos das escolas gaúchas, limitando o trabalho dos professores, presos aos conteúdos exigidos pela avaliação seriada e forçando ainda mais um viés alienante de educação, voltada para a decoreba de conteúdos para realização de um vestibular. Não havendo vagas para todos no Ensino Superior, de que servirá o Ensino Médio para a maioria dos jovens que não passarão no vestibular??

                (detalhe: ano passado a Reitoria havia proposto que fosse ampliado para 80% as vagas do PEIES e que os demais 20% fosse ingresso pelo Novo ENEM. Imediatamente nos contrapomos a esta idéia, e vendo o absurdo que estavam propondo, a Reitoria optou por reelaborar sua proposta. Notem que na prática a proposta atual deles não é muito diferente que a anterior, no sentido de ampliar o peso da modalidade seriada e consequentemente a arrecadação financeira da UFSM com as avaliações).

                O Movimento de Educação aqui em Santa Maria se uniu para cobrar da Reitoria a ampliação dos prazos para discussão e realização de um efetivo debate com a sociedade. No entanto, o pró-reitor de graduação afirmava que "cobrar mais tempo não é uma proposta", e que iriam aprovar ainda este semestre sua proposta.

                Diante desta situação, o DCE-UFSM junto a educadores e movimentos sociais construiu uma proposta alternativa a da Administração Central, a qual chamamos Processo Transversal(PTS) de Seleção e que foi aprovada no último Conselho de Entidades de Base (DAs). 

                O PTS consiste basicamente do seguinte:

                Processo seletivo em duas etapas, ambas valendo 50%:

                1ª etapa - Novo ENEM

                Com o objetivo de contemplar o currículo escolar (tanto o núcleo comum, como a parte diversificada), agrupada em eixos (e não segmentada em disciplinas), mais reflexiva e crítica que os vestibulares tradicionais, além de ser gratuita para quem está concluindo o Ensino Médio público e realizada de forma descentralizada por todo o país. No entanto, não disponibilizaremos as vagas da UFSM ao SiSU (Sistema de Seleção Unificada) do Ministério da Educação, devido a diversos problemas ocorridos em várias universidades até o momento, além da possibilidade de elitização dos cursos mais concorridos (devido a estudantes preparados em cursinhos Pré-ENEM, que estão se disseminando por todo país, poderem escolher estas vagas).

                2ª etapa - Prova Dissertativa

                No final do ano anterior ao da realização da prova, a Universidade irá realizar Audiências Públicas junto a comunidade para definir 10 temas transversais que serão trabalhados durante o ano seguinte (ex: gênero, saúde, meio ambiente, questão agrária, direitos humanos, etc.).

                Na segunda quinzena de Fevereiro, a UFSM divulga os 10 temas para a sociedade. Logo em seguida, sorteia um destes temas, sem divulgar qual foi.

                A Prova Dissertativa será realizada no terceiro domingo de dezembro em todas as microrregiões do RS, sendo composta por 5 questões dissertativas com até 15 linhas de resposta cada questão. 

                Esta etapa será elaborada por Comissões Multidisciplinares de Elaboração e Correção, composta por um professor de cada curso de determinado centro de ensino da UFSM (ex: os professores do Centro das Rurais, irão elaborar 5 questões ligadas ao tema transversal sorteado, direcionando este tema para a área de saber deste centro; o mesmo para o centro da Saúde, das Humanas, das Artes, etc.). A segunda prova também deverá contemplar a questão da regionalidade do sul (questão não contemplada na prova do Novo ENEM), além do que o candidato espera do curso, por que decidiu fazê-lo.

                Todos os inscritos farão os dois exames, porém só terão corrigidos a prova dissertativa, os candidatos que passarem do ponto de corte, que será definido por 3x o número de vagas oferecidas pelo curso (ex: se o curso oferta 50 vagas, o 150º colocado em pontuação no ENEM será o ponto de corte).

                O Programa de Ações Afirmativas será mantido e os estudantes dos cursos pré-vestibulares populares da UFSM terão isenção de inscrição garantida.

                Temos clareza de que enquanto não for universalizado o acesso ao Ensino Superior no Brasil, qualquer processo seletivo será excludente. Logo, nossa luta central é pelo expressivo aumento de verbas e ampliação do acesso e permenência nas Universidades públicas brasileiras com qualidade. O principal objetivo desta proposta de forma de ingresso é alterar a relação que os exames de ingresso nas IFES estabelecem para com o Ensino Médio, geralmente no sentido de determiná-los, sem no entanto, destinar vagas para todos. De uma influência perversa como a que o PEIES e o Vestibular estabelecem forçando a um ensino estritamente propedêutico, para uma relação mais positiva, estimulando o uso dos temas transversais pelas escolas, o trabalho multidisciplinar entre os professores, a atualização pedagógica, discussão de novos temas ligados ao cotidiano, para além dos livros didáticos tradicionais.

                Não queremos a uniformização e padronização curricular, mas sim ampliar a liberdade dos professores, trabalhando com temas transversais e estimulando a leitura, a escrita e a reflexão junto aos educandos.

                Bom, de forma bem sintética é isto aí. Maiores detalhes e fundamentação a respeito da nossa proposta estão no arquivo em anexo - também disponível no blog www.avantedceufsm.blogspot.com 

                Nos próximos dias seguiremos discutindo esta questão. Nossa proposta segue em tramitação nas comissões internas do CEPE, seguiremos pressionando pra que ela chegue a votação contra a proposta da Reitoria. Construíremos nos próximos dias seminários para discussão e aprimoramento da proposta, assim como para a mobilização pela sua aprovação.

                Para nós é muito importante o apoio de entidades estaduais que estejam envolvidas com a questão da educação, pois caso seja aprovada a proposta do Reitor da UFSM, toda a educação gaúcha sofrerá as conseqüências.

                Qualquer dúvida, crítica, sugestão, entre em contato.

                terça-feira, 1 de junho de 2010

                Proposta Transversal de Seleção

                A Universidade Federal de Santa Maria, enquanto instituição pública, deve ser um espaço que prioriza a democratização do acesso e da permanência dos estudantes em condições de igualdade e equidade, promovendo a construção de conhecimento articulado às demandas da realidade social. Fruto de uma iniciativa ousada de deslocar o ensino superior do eixo das capitais, ao
                completar 50 anos, a UFSM encontra-se em um momento propício para buscar novas formas de relacionamento com o conjunto da sociedade, repensando suas práticas, estruturas e, em especial, seu processo seletivo.

                O Processo Transversal de Seleção (PTS) é uma proposta a qual tem por objetivo substituir os formatos tradicionais de acesso à graduação, representados atualmente na UFSM pelo PEIES e pelo Vestibular. Ao estimular a adoção de temas transversais, o PTS procura proporcionar uma discussão crítica acerca de questões provenientes da realidade concreta, mudando o caráter do processo de seleção na medida em que propõe uma prova mais reflexiva e direcionada para a área de conhecimento pretendida pelo candidato.

                O processo seletivo será composto de duas etapas, ambas representando 50% da totalidade da nota, sendo a primeira composta pela nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a qual também será utilizada como base para o ponto de corte ao selecionar para a correção da segunda parte três vezes o número de vagas disponibilizadas pela UFSM no curso pretendido. Embora seja previsto no processo a utilização da nota do ENEM, a UFSM não
                disponibilizará SiSU (Sistema de Seleção Unificado) proposto pelo MEC.

                A segunda parte é constituída por uma prova elaborada por comissões formadas nos centros de ensino da UFSM e assessorada por uma Comissão Pedagógica. Essa etapa terá cinco questões dissertativas, construídas a partir de um tema selecionado dentre os temas transversais propostos. Outra característica dessa etapa é a descentralização das provas, realizadas em
                cidades escolhidas a partir das microrregiões do IBGE no Rio Grande do Sul, permitindo maior acesso aos candidatos que não possuem condições de realizar o exame em Santa Maria.

                Confira o arquivo em .pdf da proposta do DCE para o novo modelo de ingresso à graduação da UFSM: