terça-feira, 30 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Assembleia Geral dos Estudantes
Pautas:
- Assistência Esudantil
- Greve
Evento no Facebook: http://www.facebook.com/event.php?eid=206215222772837
A UNE e sua missão em reconstruir o VER-SUS
O DCE da UFSM está articulando estadualmente a construção de um VER-SUS. Para conhecimento, debate e reflexão, segue o texto A UNE e sua missão em reconstruir o VER-SUS.
(..)após tantos momentos em que o ME foi protagonista na luta em defesa do Sistema Único de Saúde, convocamos todos os estudantes a assumirem que a reforma sanitária faz parte da nossa luta diária e que devemos voltar ativamente ao debate e à construção do sistema SUS.” Por Camila Monteiro Damasceno, Florentino Júnio Araújo Leônidas, Jonatas Moreth Mariano e Lucas Resende.*
Uma das estratégias mais inovadoras realizada pelo Ministério da Saúde (MS) nos últimos anos foi o Projeto de Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS Brasil), uma atividade que mobilizou os estudantes e fortaleceu o movimento estudantil em saúde.
O Projeto que começou através da intensa mobilização estudantil dos estudantes da área da saúde foi incorporado ao ministério e durou até meados de 2005. As três edições (a piloto e as duas etapas nacionais), envolveram quase 1.500 estudantes de cursos variados e diferentes regiões do país, permitindo-os conhecer e debater a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
O VER-SUS apresentou uma nova forma de se debater saúde não só dentro das universidades, mas também extrapolando o mundo das instituições de ensino. A articulação entre o Ministério da Saúde e os estudantes foi propulsora de uma geração de militantes do movimento estudantil sanitário em nosso país. Desta forma o ME assumiu um papel de protagonista na luta pela efetivação do SUS como garantia do direito à saúde dos Brasileiros.
O projeto também contribuiu para ampliar a integração ensino-serviço no campo da saúde, principalmente após a reforma curricular vivida dentro os anos de 2001 e 2002.
Com a chegada da 14a Conferência Nacional de Saúde, é hora do movimento estudantil mobilizar-se novamente em prol da reforma sanitária. O papel desmobilizador e pouco construtivo adotado pelo ME nos últimos anos se relaciona com as dificuldades vividas pelo SUS para a sua efetivação. Assim, após tantos momentos em que o ME foi protagonista na luta em defesa do Sistema Único de Saúde, convocamos todos os estudantes a assumirem que a reforma sanitária faz parte da nossa luta diária e que devemos voltar ativamente ao debate e à construção do sistema SUS. As entidades estudantis dos cursos de saúde e a União Nacional dos Estudantes(UNE) devem assumir um papel central na garantia dos avanços do SUS.
A UNE, que começa uma nova gestão neste momento, deve convocar os estudantes a participar novamente desta pauta e deve procurar as entidades de saúde, para uma nova articulação sobre o debate principalmente no que tange a reorientação profissional em saúde e que discuta a relação entre a universidade e o sistema único de saúde.
Assim o VER-SUS é um instrumento preponderante para o avançar do Sistema Único de Saúde, mobilizar os estudantes em prol da luta por sistema único de saúde de qualidade passa por apresentar a eles a realidade do sistema que se distancia do apresentado pela mídia e pelos livros, acreditamos que para a efetivação do preenchimento das lacunas do sistema único de saúde, discutir a formação e a universidade é fundamental e nisso o VER-SUS é um mecanismo fundamental.
Camila Monteiro Damasceno, é estudante de Medicina pela Universidade de Brasília e coordenadora do Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães, DCE-UnB.
Florentino Júnio Araújo Leônidas, é estudante de Saúde Coletiva pela Universidade de Brasília e membro da Coordenação Nacional dos Estudantes de Saúde Coletiva.
Jonatas Moreth Mariano, é estudante de Serviço Social pela Universidade de Brasília e 3º Vice Presidente da União Nacional dos Estudantes.
Lucas Resende , é estudante de Nutrição pela Universidade de Brasília e membro da Executiva Nacional dos Estudantes de Nutrição.
domingo, 28 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Estudantes da UFSM assumem coordenação da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil
11ª Parada Livre e Semana da Diversidade Sexual
26 de agosto (sexta-feira)
9h - 1ª Conferência Regional LGBTT
27 de agosto (sábado)
3º Encontro Estadual LGBTT
14h - Mesa de abertura cerimonial
14h 15min - Mesa de discussão- direitos LGBTT. Um debate sobre ações do estado e sociedade civil.
16h 30min - Mesa de discussão- educação de direitos humanos- a diversidade sexual e genêro na escola
23h - Festa da parada
28 de agosto (domingo)
9h - Espaço reservado para conversação da RNP
14h - Concentração para parada livre da Gare da estação Férrea
15h - Parada livre no Parque Itaimbé
29 de agosto - Dia da Visibilidade Lésbica (segunda-feira)
9h - Mesa de discussão com os representantes dos movimentos LGBTT/RS
12h - Encerramento
Concurso Transporte Caótico - Vencedores
A (FALTA DA) GOTA D’ÁGUA
A primeira semana de maio
Nessa altura do ano, a partir das 19 horas já é noite. Mas foi no entardecer que a história começou. Às 18 horas e 30 minutos, na primeira parada da linha 196A – Universidade (na rua Vale Machado), além de mim, mais algumas pessoas aguardavam impacientes, esfregando as mãos ou tremendo as pernas. Todos esperando o trambolho laranja e branco que iria levar alguns dessas pessoas às aulas na gélida segunda-feira, que começavam provavelmente às 19 horas. Naquela hora, provavelmente o ônibus iria lotado, pois a frequência é menor em relação ao turno da manhã e os cursos noturnos aumentaram devido ao REUNI, o que significa mais passageiros. Contudo, isso tinha o seu lado bom. Quanto mais gente no ônibus, mais calor humano, e, consequentemente, aquela segunda-feira seria menos fria. Pelo menos no trajeto.
Nesse horário, das 18h30, o centro torna-se caótico, já que muita gente está saindo do trabalho ou buscando filhos nas escolas, o que também ajuda no atraso para se chegar à universidade. Mas a boa notícia daquele dia veio às 18h35: um carro da linha 196ª – Universidade / Faixa Nova. Todos na parada sabiam o que isso queria dizer: a viagem seria mais rápida, pois há menos fluxo de trânsito e terminais por esse trajeto.
Já no segundo ponto em que o ônibus parou, não havia assentos vagos e já tinham algumas pessoas de pé, mas ninguém dá muita bola. Já estão acostumados. Dos 30 minutos que geralmente se leva para fazer o roteiro, uns 5 minutos foi gasto praticamente só na avenida Rio Branco e na rua do Acampamento. Só foi entrar na avenida Fernando Ferrari para fluir o caminho e o céu ficar escuro.
Os passageiros daquele transporte público eram predominantemente estudantes, e faziam jus aos universitários: tinha de todos os tipos. Uns bem novos, provavelmente recém saídos do colégio; outros mais experientes, que saíram do trabalho para ir na aula; aqueles compenetrados revisando livros xerocados para, quiçá, uma prova que esfriaria mais aquele dia; amigas tagarelas que passariam a viagem inteira conversando e fofocando; outros mais relaxados, admitindo pro colega que não haviam estudado; uns muito bem arrumados; e aqueles desligados do mundo pelos seus fones de ouvido. O que tinham em comum era a vontade de chegar logo no campus.
No meio daquele barulho de motor, burburinho de conversas e da música baixinha no rádio do ônibus, não houve mais movimento. O dueto do motor com os frios cessou. Foi logo em seguida do complexo Dalla Favera, num local meio desabitado. O burburinho se intensificou. Da janela, via-se apenas postes de luzes distantes. O motorista tentou arrancar mais algumas vezes. Todas sem sucesso. As pessoas se olhavam, umas apavoradas. Um rapaz jogou raivosamente suas anotações no seu colo.
- Alguém vai dar um explicação? – gritou uma passageira
Não obteve resposta de ninguém, pois o cobrador logo saiu para parar um outro carro que levaria a tropa de universitários às aulas e o motorista ignorou. Contudo, a resposta veio logo em seguida num telefonema do motorista com alguém provavelmente da empresa:
- Acabou a água do radiador, vamos esperar outro carro – disse ele no telefone.
A cara de insatisfação foi geral. Foi a gota d’água o radiador estar sem água naquele frio e no escuro.
- Ah! Então é pra isso que a passagem vai aumentar pra R$ 2,30! Vão colocar água no radiador!! – bradou uma passageira indignada.
Minutos depois, chegou outro ônibus da mesma linha. Não foi tão rápido assim, pois naquela hora é mais difícil achar um que faça o trajeto pela Faixa Nova. No deslocamento de um ônibus para o outro, alguns quase caíram num pequeno barranco no acostamento. Precisou de uma boa visão e destreza para se ver, naquela escuridão, onde se podia pisar, já que havia muito barro naquele lugar também.
Mas enfim, alocando todos no outro carro, muitos que estavam sentados tiveram que ficar em pé, causando mais furor na massa. O clima frio tinha esquentado repentinamente. Mas que nada, já passou quando se chegou no campus. Às 19h25 o pessoal já saltava do ônibus em direção aos seus devidos prédios, sem se preocupar com problemas no transporte público e a iminência de um acréscimo na passagem.
Se o aumento da passagem é justificado para colocarem água no radiador, eu não sei. Tomara que sim, para que imprevistos assim não aconteçam mais. Esses ajustes no transporte público deveriam se dar de acordo com o desejo dos usuários, que se resumo em chegarem rapidamente, irem sentados, e poderem ir da localidade X até a localidade Y pagando uma passagem só. Sem água no radiador, o recurso mais simples de um meio de transporte, em torno de 80 pessoas não chegam ao seu destino. Imaginem agora sem a voz dos usuários, como se pode chegar a algum melhoramento?
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Catacultura: Cuba - Uma Experiência
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Transporte Público: sexta tem Audiência na Câmara de Vereadores
A Comissão Especial de Transporte Público da Câmara de Vereadores de Santa Maria, instalada por pressão da sociedade e em especial do Movimento Estudantil antes do aumento da tarifa para R$ 2,30 realiza a última da série de audiências públicas nesta sexta-feira, dia 26 de agosto, no Plenário da Câmaria de Vereadores, às 18h.
O DCE da UFSM levará para a audiência as demandas dos estudantes da UFSM, como mais horários nas linhas Tambo, Faixa Nova, T. Neves e Bombeiros, além de Faixa Nova nos finais de semana e Circular depois das 22h. Além do fim limite da meia passagem e de subsídios para estudantes que são estagiários em unidades de saúde e escolas do múnicipio. Nessa semana também serão divulgados os vencedores do Concurso Transporte Caótico.
A Comissão Especial de Transporte Público havia feito um pedido ao prefeito Cézar Schirmer para que não aumentasse o valor da tarifa sem antes os trabalhos estivessem concluídos, porém o prefeito desconsiderou o pedido. Fazem parte da Comissão a vereadora Helen Cabral (PT - presidente), o vereador Marion Mortari (PP - vice-presidente) e Isaias Romero (PMDB - 1º secretário).
Confime presença e ajude a divulgar a audiência no Facebook.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Nota de Esclarecimento sobre as Carteirinhas Estudantis do CESNORS
Convocatória Conselho de DAs - Agosto de 2011
União Nacional dos Estudantes
União Estadual dos Estudantes Livre – Dr. Juca
Universidade Federal de Santa Maria
Diretório Central dos Estudantes
Convocatória:
Conselho de Entidades de Base
É com grande satisfação que convocamos os Centros e Diretórios Acadêmicos e as Direções das Casas do Estudante da UFSM para o Conselho de Entidades de Base. A ser realizado no dia 25 de agosto, às 19h, no Auditório do DCE.
Pautas:
-Informes
- Conferência Municipal de Juventude
- Jornada de Lutas pela Assistência
- Audiência Transporte Público
e Concurso Transporte Caótico
- Greve
Att,
DCE UFSM
Gestão Em Frente
domingo, 21 de agosto de 2011
Nota sobre a greve
Desde o dia 6 de junho, Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) da UFSM estão em greve, assim como em outras universidades federais. No último dia 18, reunidos em Assembleia, os Docentes da UFSM deliberaram radicalizar a mobilização da categoria para uma possível greve. O DCE vem acompanhando as atividades que as entidades (ASSUFSM e SEDUFSM) vêm construindo.
Para nós, é importante salientar que a luta pela valorização e pelos direitos dos trabalhadores das universidades é legítima, caminha no mesmo sentido que a nossa luta por uma educação de qualidade e deve estar no conjunto de pautas que nos oriente para a construção de uma educação transformadora. Defendemos, assim como os TAEs, abertura de concurso público para substituição das terceirizações, reajuste salarial e também somos contra a desvinculação dos Hospitais Universitários das universidades.
Sem entrar no mérito da dificuldade de mobilização que todas as categorias passam, incluindo a estudantil, muitos setores da Universidade continuaram funcionando, o que diminuiu a força da greve, dificultando ter mais ganhos reais nesta luta. Por um lado temos setores diretamente ligados a necessidades dos estudantes afetados: como RU, Biblioteca e o Setor Psicossocial da PRAE; por outro, a maioria das coordenações de curso, dos departamentos e a Reitoria funcionam normalmente. Em nota oficial no dia 19, a Reitoria da UFSM comunicou que, por decisão judicial, serviços como o RU e a Biblioteca voltarão parcialmente.
O DCE da UFSM defende a integralidade da assistência estudantil (Bibliotecas, RUs, Casa do Estudante, bolsas) e que somente parando esses serviços não é suficiente para acumular forças e pressionar o Governo. Mas salientamos que a razão de existir a greve é da falta de diálogo e de propostas concretas do Governo Federal aos servidores. O fim ideal dessa luta é com o atendimento das pautas pelo governo, conquistadas com a mobilização e o apoio da comunidade universitária e da sociedade. Para isso, é necessária maior articulação entre as categorias, principalmente à construção de lutas em defesa da educação pública, como os 10% do PIB para a Educação, a discussão do modelo de educação, e defesa da assistência e permanência dos estudantes na Universidade, além de pautas gerais como saúde e transporte público.
Convocamos também os estudantes da UFSM a participar da Caminhada em Defesa da Saúde e Educação, que será realizada no dia 24, às 13h, com saída do trevo das Dores em direção ao Centro de Santa Maria.
DCE UFSM
Gestão Em Frente
sábado, 20 de agosto de 2011
A Problemática do CAFW
"Art. 94 - As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes obrigações, entre outras:
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os adolescentes;
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de restrição na decisão de
internação;
III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas unidades e grupos reduzidos;
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao
adolescente;
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservação dos vínculos
familiares;
Vl - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os casos em que se mostre
inviável ou impossível o reatamento dos vínculos familiares;
Vll - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene,
salubridade e segurança e os objetos necessários à higiene pessoal;
VllI - oferecer vestuário e alimentação suficientes e adequados à faixa etária dos
adolescentes atendidos;
IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, odontológicos e farmacêuticos;(lembra do caso do menino que quebrou a perna e o guarda o deu um paracetamol e somente horas depois que o menino foi levado ao hospital?)
X - propiciar escolarização e profissionalização;
Xl - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;
Xll - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas
crenças;
XlIl - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo máximo de 6 (seis) meses,
dando ciência dos resultados à autoridade competente;
XV - informar, periodicamente, o adolescente internado sobre sua situação processual;"
E vários outros artigos que não estavam sendo cumpridos. Entre as aplicações para quem não os cumpre estão:
"Art. 97 - São medidas aplicáveis às entidades de atendimento que descumprirem obrigação constante do art. 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos:
I - às entidades governamentais:
a) advertência;
b) afastamento provisório de seus dirigentes;
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
d) fechamento de unidade ou interdição de programa;"
Vale ressaltar que nos três alojamentos do CAFW, estão internados cerca de 260 estudantes, que de certa forma ficam lá isolados, pois o campus de Frederico Westphalen da UFSM é afastado da cidade, e durante os finais de semana geralmente eles não possuem muito o que fazer, não tendo opções de cultura e lazer. É curioso que, ao terem 5% de faltas no semestre letivo, os internos perdem o direito ao internato, sendo que as aulas acontecem de forma integral.
Durante a explanação dos diversos problemas que o CAFW passa, os representantes do DCE distribuíram aos presentes no Conselho, fotos que relatam o estado insalubre dos alojamentos, além de uma montagem com o senhor Reitor. Nas fotos, podemos ver que nos quartos estão alojados cerca de 20 pessoas, com precário estado de infraestrutura e condições nada higiênicas dos banheiros.
O Reitor garantiu que vai cobrar explicações da administração do CAFW, e afirmou que já existe um projeto encaminhado para melhorar as condições, construindo uma nova moradia. Mas enquanto o projeto não sai do papel (já que esse projeto é histórico), o DCE não vai se calar, e vai exigir imediatamente que seja feito algo para dar plenas condições de estudo e vida a esses estudantes. DCE UFSM, a luta não para jamais!Seguimos EM FRENTE, como um DCE AUTÔNOMO e de LUTA!
Confira as fotos das condições dos alojamentos do CAFW apresentadas durante o CEPE:
Por Vinícius Jean Barth
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
DCE pressiona reitoria durante o CEPE
Catacultura: VIII Sarau das Letras
Bem vindo
às catacumbas
aqui
jazem
os poetas
em suas tumbas
não dizem o que
fazem
no fim do
mundo
nenhum sol
nenhuma fresta
que lindo
nem um só
resta
ninguém mais
perturba
o barulho da festa
O Diretório Acadêmico de Letras (DAL) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFSM convidam todos para o VII Sarau das Letras. Hoje, às 21h, na catacumba da Boate do DCE. O Sarau faz parte da programação do Catacultura, espaço criado em 2011 pelo DCE.
Veja também a divulgação do evento no Facebook: http://www.facebook.com/event.php?eid=218371641549072
Mais em:
Twitter do DAL
Blog do DAL
Twitter do DCE
Facebook do DCE
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Conheça o Projeto de Lei que congela em dez anos o salário dos servidores federais
Ao acrescentar o artigo 72-A à Lei de Responsabilidade Fiscal, lê se: "A partir do exercício financeiro de 2010 e até o término do exercício de 2019, a despesa com pessoal e encargos sociais da União, para cada Poder e órgãos referidos no art. 20, não poderá exceder, em valores absolutos, ao valor liquidado no ano anterior, corrigido pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou o que venha a substituí-lo, verificado no período de 12 (doze) meses encerrado no mês de março do ano imediatamente anterior, acrescido de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) ou da taxa de crescimento do PIB, o que for menor". Na prática, este artigo proíbe reajustes de salário acima da inflação (aumento real) até o final de 2019.
Após passar pelo Senado Federal, o Projeto foi enviado a Câmara dos Deputados, em que três comissões foram responsáveis pela análise. Em uma delas (Constituição e Justiça), ainda não há parecer e nem relator nomeado. A Comissão de Trabalho, Adminitração e Serviço Público rejeitou o projeto, após parecer do deputado Luiz Carlos Busato (PTB-RS, atualmente Secretário de Obras do Governo Tarso Genro), que pedia a rejeição. Na Comissão de Finaças e Tributação foi nomeada relatora a então deputada Luciana Genro (PSOL-RS), que igualmente pediu a rejeição do projeto, mas o parecer não teve tempo de ser votado na legislatura passada, sendo nomeado relator na Comissão em 2011 o deputado Pepe Vargas (PT-RS), que ainda não apresentou parecer.
Quem é Romero Jucá
Governador do então Terrotório Federal de Roraima nomeado pelo então presidente José Sarney em 1988. Foi presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio) no governo Sarney, foi diretor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e Secretário Nacional de Habitação no governo Fernando Collor, e vice-líder no Senado do governo Fernando Henrique, quando Jucá ainda era filiado ao PSDB. Com a eleição de Lula em 2002, Jucá sai do PSDB e vai para o PMDB, partido do qual é presidente estadual em Roraima. No governo Lula, Jucá foi ministro da Previdência Social e líder do governo no Senado. No governo Dilma, Romero Jucá segue como líder no Senado Federal.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Cachoeira do Sul comemora expansão da UFSM para o município
Confira a nota da Reitoria da UFSM em relação ao anúnio da expansão de Cachoeira do SIL
Texto de Daniel Cassol e foto de Muà Souza, para o Sul 21
O governo federal deve confirmar no próximo dia 16 a expansão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para o município de Cachoeira do Sul, na região central do Rio Grande do Sul. Autoridades locais foram convidadas para uma cerimônia com a presidenta Dilma Rousseff na próxima terça-feira, às 11h, em Brasíila. Em Cachoeira, o clima é de festa pela conquista que vem sendo perseguida há cerca de dois anos.
A informação chegou a Cachoeira do Sul depois que o prefeito Sergio Ghignatti (PMDB) e a vereadora Mariana Carlos (PT) receberam convites para a solenidade, na próxima semana, na qual o governo federal vai anunciar a expansão de institutos e universidades federais. Segundo a Rádio Fandango, a cidade festejou o anúncio até mesmo com um foguetório na praça central.
A assessoria de imprensa do Ministério da Educação não deu detalhes do anúncio, que apresentará uma segunda fase do processo de expansão da rede de universidades e institutos federais tecnológicos, além da criação de novas unidades em todo o Brasil. A UFSM já conta com dois campi avançados em Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, na região norte do Rio Grande do Sul.
“Depois da autorização da expansão pelo governo, há um segundo passo que é garantir a aprovação pelo Conselho Universitário da UFSM”, afirma a vereadora petista. Caberá à universidade decidir se cria, em Cachoeira, os cursos de licenciatura em Matemática e Física e de bacharelado em Ciência e Tecnologia.
Inicialmente, a UFSM funcionaria em uma escola que seria alugada em Cachoeira, até a construção de um prédio próprio em um terreno cedido pela prefeitura. A confirmação da expansão coroa um movimento que começou com lideranças políticas e empresariais do município, há cerca de dois anos, e se intensificou nos últimos meses com manifestações de estudantes.
“A proposta da UFSM é um dos projetos educacionais mais importantes do Sul do Brasil. Só em Cachoeira do Sul terá um curso de Ciência e Tecnologia, o que vai impulsionar o desenvolvimento da região”, comemora Mariana.
domingo, 14 de agosto de 2011
Vontade, Realidade e Política
Por Ivan Siqueira Barreto*
No segundo semestre de 2008, foi aprovado o Programa de Ações Afirmativas da UFS (Paaf). A votação, que ocorreu no CONEPE, contou com apenas dois votos contrários. O programa foi inaugurado no vestibular 2010, prevendo 50% das vagas para estudantes de escolas públicas. Dessa parcela, 70% foram destinadas a estudantes negros, pardos e índios.
O programa durará 10 anos, mas após os primeiros cinco anos será feita uma avaliação que contará com uma comissão de monitoramento. Naquele momento de calmaria política, o fato não gerou grandes polêmicas, como ocorrera em outras universidades. Com exceção de alguns ciclos de debates de grupos de estudos e do Movimento Estudantil. Na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), por exemplo, o tema gerou enormes tensões na sociedade, inclusive fazendo brotar manifestações neonazistas dentro e fora da Universidade. Porém, no ano da entrada das primeiras turmas de cotistas, foram colhidas as primeiras manifestações sociais que demonstraram as raízes da burguesia brasileira e inclusive o seu poder de reação frente ao jogo político de medição de força
Desde a ditadura militar a direita organizada não adentrava os muros das Universidades Públicas que, apesar de elitistas, mantinham os principais focos do pensamento progressista e de esquerda. Mas em 2010 uma parcela importante dos representantes das escolas particulares do estado de Sergipe canalizou um movimento ofensivo de deslegitimação do Paaf, taxando-o de injusto, inconstitucional, separatista e outros argumentos que, como sempre faz a burguesia, maquiam os reais interesses político-econômicos da sua classe.
O estopim dessa investida surgiu quando um grupo de vestibulandos do curso de Medicina, junto com seus advogados, acionou a justiça alegando que pontuaram tão quanto os cotistas. Os ditos injustiçados fizeram um ato expressivo na Reitoria, junto com seus aliados da imprensa e meia dúzia de donos de escolas particulares.Nesta ocasião, não houve nenhuma manifestação do movimento estudantil, negro, secundarista, docente, dos servidores e partidos de esquerda em geral. Uma parte não se movimentou porque há tempos se institucionalizou de tal forma que as lutas sociais não são mais do que pano de fundo para porta retratos, outra parte também não se movimentou porque faz oposição sistemática à reitoria/Governo e, por essa razão, preferem pedir licença da luta de classes a ter que dividir a fotografia. De tanto lutarmos pela grande-estrutura, desprevenimos para o vizinho ao lado.
A História do Brasil não esconde que o caminhar da nossa burguesia sempre conservou características concentradoras e dependentes. Não por acaso estivemos atrás inclusive das colônias contemporâneas da América Espanhola no que diz respeito ao ensino. Nossa burguesia nunca tolerou mártires populares, reformas estruturantes, ciclos democráticos e perda de qualquer migalha de poder.Hoje temos, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), 8,72% de estudantes negros no ensino superior. Apesar de pouco, houve um crescimento equivalente a 47,7% com relação aos números de 2003, que eram inferiores a 6%. No Brasil, temos hoje 50 milhões de jovens (entre 15 e 29 anos) e destes apenas 13% têm acesso ao ensino superior (entre 18 e 24 anos).
Os mesmos setores que contestam as cotas dizem propor algo melhor. Que os negros e negras aguardem (em suas palafitas) um melhora no ensino básico para que no futuro entrem. Uma piada, de boa “índole”, nunca é demais!
A nossa vontade é instaurar uma educação para a classe trabalhadora, ou o que chamamos de Universidade Popular. Porém, este projeto, acertado, pode ativar alguns erros políticos. O mais recorrente é o de idealizar esta universidade nas condições atuais, valorizando demasiadamente as metodologias participativas. Outro é o de praticar um idealismo de esquerda, ou seja, não conseguir influenciar o momento atual sobre pautas e momentos contraditórios alegando que tais reformas são “melhorismos” do capital e que nesse caso a esquerda deve se afastar da "lama" do FMI e se abster da política.
É óbvia a afirmação que a educação dos/para os trabalhadores só se tornará hegemônica quando a classe trabalhadora tomar o poder. Mas, enquanto isso não ocorre, a esquerda terá que percorrer momentos contraditórios de acúmulo de forças por dentro do capitalismo. Não é demais lembrar que o famoso Maio de 68 Francês se deu num momento de articulação de reformas no pós-guerra europeu, que realizou uma ampla expansão do ensino, chegando, em alguns casos, a haver saltos de 5 mil para 40 mil matrículas numa só universidade. Esta expansão possibilitou objetivamente uma alteração na composição política daquela época. A burguesia brasileira, que não tolera alterações maiores que 2% nas suas margens de concentração, já está assimilando os reflexos da política de cotas. Está havendo uma leve, mas real, fixação no ensino médio e fundamental público. Ou seja, a atenção que antes era quase nula com relação ao ensino público básico foi alterada. Isto interfere no ramo das escolas e cursinhos particulares e ainda coloca em cena a POSSIBILIDADE de rediscutir a educação básica.
Lutar por ampliação das vagas não é lutar pela precarização, pois a universidade que sempre serviu às classes dominantes não ofereceu e nem oferece nada para a classe trabalhadora. Este mote dialoga muito mais com a pequena burguesia, que por essência é antipopular, do que com a ideia desenvolvida de Universidade Popular. Aliás, a ideia de Universidade Popular, construída no Peru no início do séc XX, materializava-se em pautas como autonomia (contra o modelo colonial), bolsas para estudantes pobres, paridade nos conselhos, concursos e livre docência, inclusive recebendo a contribuição do grande teórico revolucionário e “Pai” do Marxismo latino-americano, José Carlos Mariátegui (docente).A expansão e a política de cotas, que estão envolvidas no processo econômico do capitalismo, colocam a possibilidade não de depositarmos nossas expectativas pragmáticas nessas CONQUISTAS, mas de escolher se é melhor que a contradição de cor e classe se mantenha fora ou dentro dos muros das universidades públicas, pois a alternativa colocada é essa. O que definirá um período mais avançado das lutas nesse terreno é o quanto conseguiremos avançar na organização dos estudantes em torno das pautas que devem orientar a construção da esperada Universidade Popular.
Cavar um vácuo entre a possibilidade real de diálogo com as massas é negar a política, por isso vontade sem realidade só cabe em mesa bar e Twitter.De antemão, queremos a expansão. Nessa conjuntura as alternativas reais estão entre o médio e o pior. Dessa forma, a luta para ampliação das políticas estudantis de assistência, permanência e qualidade, entoará questões demasiadamente profundas na sociedade e assim poderá dar chances para que a proposta da esquerda encontre “brecha” histórica para ser apresentada. Não é esquematismo, é aposta na realidade, ou na política!
*Militante do Levante Popular da Juventude e da Consulta Popular/SE.
Agosto de 2011