terça-feira, 31 de maio de 2011

DCE se reune com sindicatos para debater transporte público

Em reunião realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias e Cooperativas da Alimentação (SINTICAL), o DCE, sindicatos, coletivos e movimentos sociais discutiram uma forma de ação integrada para discutir o transporte público, em especial linhas, tarifa e integração do sistema de transporte. Entre muitos saldos positivos, a reunião selou a união entre estudantes e trabalhadores.

Estiveram presentes, além do DCE e do SINTICAL, a Associação dos Servidores da UFSM, o Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Maria, o Sindicato dos Comerciários de Santa Maria, o Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria, o Movimento Nacional de Luta pela Moradia e o Levante Popular da Juventude. Na reunião foram discutidas pontos relacionados ao transporte público, desde a necessidade de mais linhas e horários, o modelo de integração, a planilha de custos das empresas e a necessidade de mais linhas e horários.

Houve um comprometimento em puxar mobilizações para as Audiências Públicas sobre Transporte Coletivo nos bairros de Santa Maria, além de pressionar a Comissão Especial da Câmara de Vereadores. Nos próximos dias, a Comissão deve ter as datas das Audiências Públicas.

Qual o melhor título para a foto? Aceitamos sugestões...

Crédito: Júlia do Carmo

segunda-feira, 30 de maio de 2011

DCE terá reunião com Schirmer sobre transporte público


O DCE da UFSM esteve reunido na tarde de ontem (30) com o secretário de Controle e Mobilidade Urbana da Prefeitura de Santa Maria, Marcelo Bisogno, para discutir questões relacionadas ao Transporte Público em Santa Maria. O DCE defendeu que não haja aumento do valor da tarifa enquanto a Comissão Especial de Transporte Público, criada na Câmara de Vereadores, não encerrar seus trabalhos. O DCE propõe uma ampla discussão com a sociedade sobre o transporte público e que a prefeitura de Santa Maria esteja presente nos debates propostos nos bairros, na UFSM e Câmara de vereadores.


Reunião na Prefeitura Foto: Larissa Mayer


Na reunião houve um comprometimento do secretário Bisogno, em nome da Prefeitura, de que a administração municipal estará presente nos debates propostos pela Comissão Especial da Câmara de Vereadores, comissão que o DCE tem participado em todas as reuniões. Haverá, também, uma reunião com o prefeito Cezar Schirmer entre os dias 6 e 10 de Junho. O DCE solicitou, via ofício, o projeto de integração da Prefeitura, com estudos sobre o desconto e tempo entre os ônibus. A Prefeitura de Santa Maria não tinha o projeto em mãos e prometeu entregar em uma semana.


Nas próximas semanas, o DCE irá realizar, em conjunto com movimentos populares e estudantis, Assembléias Populares nos Bairros de Santa Maria e na UFSM antecedendo às Audiências Públicas propostas pela Comissão Especial de Transporte. O DCE também pretende intensificar as passadas em sala, o diálogo com sindicatos, com escolas de Ensino Médio e com outras universidades de Santa Maria.

Nota em apoio aos estudantes da UFPel

O DCE da UFSM, entidade representativa de todos os estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, vem a público manifestar apoio e solidariedade ao DCE e aos estudantes da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) na luta por uma universidade de qualidade, que culminou na última quinta-feira na ocupação da Reitoria da UFPel.

Sempre tivemos e mantemos uma postura crítica em relação ao REUNI, considerando importante o processo de expansão das universidades federais e do acesso ao ensino superior público e gratuito, porém entendendo como necessária a manutenção da qualidade, com a equivalente expansão da estrutura física (bibliotecas, laboratórios), da estrutura pessoal (contração de funcionários e professores efetivos) e da Assistência Estudantil (RUs, Casas do Estudante e Bolsas de ensino, pesquisa e extensão). Devido a isso, é de suma importância que o Movimento Estudantil organizado da UFPel siga e atue cotidianamente na defesa dos interesses coletivos.

Nós colocamos também à disposição do DCE da UFPel para dialogar e fortalecer o Movimento Estudantil, sempre buscando a construção de uma Universidade Pública, Gratuita, Democrática e Popular.

DCE UFSM
Gestão Em Frente - 2011/2012

domingo, 29 de maio de 2011

DCE e UFSM debatem sistema de ingresso


Com o objetivo de discutir o modelo de ingresso ao ensino superior, em especial à UFSM, o Diretório Central dos Estudantes (DCE), em parceria com a Universidade, promove nesta semana uma série de debates em escolas de Santa Maria. As discussões iniciam na terça-feira (31), no Colégio Manuel Ribas (Maneco) às 17h, e seguem na quarta-feira no Colégio Cilon Rosa, às 10h e na quinta-feira, no Colégio Margarida Lopes, em Camobi, às 19h. O evento é gratuíto e aberto para para toda a população.

A realização dessas discussões são uma determinação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) após a proposta de modelo de ingresso apresentada pelo DCE no primeiro semestre de 2010 em contraposição a proposta apresentada pela reitoria. No parecer final apoiado pelo DCE, o CEPE propunha a criação de uma comissão que organizasse discussões amplas sobre modelo de ingresso. Na mesma reunião, por voto de desempate do professor Felipe Müller, foi aprovada a proposta da UFSM, com mudanças já vigentes no vestibular deste ano, fundindo o PEIES e o Vestibular e utilizando 20% da nota do ENEM.

A proposta do DCE, que usa a prova do ENEM como ponto de corte na primeira fase e compondo 50% da nota final e provas dissertativas, com questões direcionadas para área de saber do curso pretendido e adoção de temas transversais discutidos e propostos pela comunidade, ainda é uma proposta em aberto. Na avaliação do DCE, é importante que o processo seja discutido e debatido de maneira democrática.

A Comissão é formada pelos estudantes José Luís Zasso e Marcos Machado Paulo, representando o DCE da UFSM, pelos professores Hamilton de Godoy Wielewicki e Francisco Freitas, ambos do Departamento de Metodologia do Ensino, do Centro de Educação, e pelo professor Orlando Fonseca, Pró- Reitor de Graduação da UFSM.

sábado, 28 de maio de 2011

Transporte - ATO PÚBLICO

quinta-feira, 26 de maio de 2011

NOTA DO DCE UFSM EM REPÚDIO A COLUNA “CONHEÇA SEUS DIREITOS” DO JORNAL FREDERIQUENSE

NOTA DO DCE UFSM EM REPÚDIO A COLUNA “CONHEÇA SEUS DIREITOS” DO JORNAL FREDERIQUENSE

Os Estudantes formam uma categoria social importante, marcante e fundamental ao mundo e suas transformações mais do que necessárias. Demonstração disso a história nos conta e ainda vai contar, porque ser jovem e não ter consciência crítica para mudar as coisas é uma contradição biológica, como diria Che Guevara.

Na coluna “Conheça seus direitos”, intitulada “Jornalistas e Relações Públicas: para quê?” no Jornal Frederiquense do dia 25 de maio de 2011 escrita pelo Advogado e Professor de Direito da Universidade Regional Integrada Jan Novakowski simplesmente ocorre um acesso extremo de conservadorismo do autor com relação às ações dos estudantes do curso de Jornalismo e Relações Públicas.

A chegada da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade em um local traz uma perspectiva nova em termos de geração de conhecimento, de crescimento econômico e de mudanças ideológico-culturais na população. Pelas características intrínsecas à profissão e ao curso, os estudantes de Jornalismo e Relações Públicas têm a necessidade de buscar informações, noticiar, investigar, apurar, organizar espaços, e outras atividades que exigem além de uma grande identificação, dedicação e doação, muito jogo de cintura pra chegar até os objetivos de uma matéria por exemplo.

Generalizar os estudantes destas áreas com importâncias inegáveis à sociedade taxando-as como ações de desrespeito, de ferimento ao direito, é negar fundamentos da comunicação, da liberdade de expressão e do livre arbítrio.

Desta forma o DCE UFSM repudia toda e qualquer forma de preconceito a qualquer estudante de qualquer curso e de qualquer Universidade, reconhecendo a importância das diversas áreas do conhecimento e dos estudantes que são a razão de ser da Universidade e porque não dizer desta pequena e próspera cidade do Médio Alto Uruguai.

Da mesma forma repudiamos as declarações no mínimo estranhas do professor e advogado. Declarações carregadas de um sentimento que é muito presente ainda na cidade. Um sentimento primeiro de absoluta falta de conhecimento e de consideração pelos serviços prestados à comunidade e a sociedade pela categoria estudantil, mais especificamente dos estudantes de Jornalismo e Relações Públicas. Segundo, tem um sentido de tentar calar as vozes que em certos momentos “incomodam e inquietam” muitos interesses escusos até a chegada da UFSM nesta cidade.

Diretório Central dos Estudantes UFSM

Gestão EM FRENTE 2011-2012

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Transporte Público - Estudantes nas ruas contra o aumento

O mau tempo ameaçou ameaçou a realização do Ato Público deliberado pela Assembleia Geral na última quinta-feira (19), mas nem por isso cerca de 15o estudantes deixaram de ir às ruas contra o aumento e exigir que o prefeito Cezar Schirmer compareça a uma Audiência Pública. Os estudantes também exigem melhoras no sistema de transporte, com mais linhas e horários e a realização de um processo de licitação com participação popular.


Protesto contra o aumento - Foto: Fritz Nunes/SEDUFSM


A partir das 14 horas, os estudantes passaram a concentrar na Saldanha Marinho, da praça a manifestação foi até a sede da ATU, voltando para a praça e seguindo para a prefeitura. Na prefeitura foi entregue uma carta de reivindicações à Prefeitura de Santa Maria. Sem entrar no paço municipal, os estudantes conversaram com o Chefe de Gabinete do prefeito Cezar Schirmer, Haroldo Pouey, que recebeu as reivindicações e pautas para uma Audiência Pública, mas se negou a confirmar a presença do prefeito municipal. No ano passado, em carta assinada de próprio punho, Schirmer havia se comprometido em participar e não compareceu à Câmara Municipal.

A Prefeitura, sem a certeza da presença de Schirmer, irá receber uma Comissão do DCE na segunda-feira, às 15 horas. Está marcado outro Ato Público para a segunda-feira, a partir das 11h, na Saldanha Marinho. Em pauta, seguem as pressões contra o aumento, por um modelo real de integração e por uma audiência pública onde o estudantes exigem a presença do prefeito.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Ato Contra o Aumento e por Integração de Verdade

Deliberada na Assembleia Geral dos Estudantes da última quinta-feira (19), o DCE e o conjunto do Movimento Estudantil Organizado da UFSM realizam Ato Público em relação ao Transporte Público (integração, qualidade. valor da tarifa) em Santa Maria. o Ato acontece no dia 25 às 14h, com concentração na Praça Saldanha Marinho. Na avaliação do Movimento Estudantil. o modelo de "integração" proposto não contempla as necessidades dos usuários do sistema de transporte, o que também tira a legitimidade do pedido de aumento (pela terceira vez tendo a "integração" como justificativa)


Assembleia Geral reuniu cerca de 200 pessoas na quarta
Gabriela Viero Garcia/ Comunicação DCE UFSM



Para a mobilização o DCE está passando em salas de aula na UFSM, e em colégios de ensino médio de Santa Maria. O Diretório também tem mantido contato com movimentos sociais organizados em Santa Maria, como o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) e sindicatos, como o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (Sintical). Também estiveram presentes na Assembleia o Diretório Acadêmico do Direito e o Diretório Acadêmico da Psicologia do Centro Universitário Franciscano (Unifra).



Mobilização contra o aumento em Outubro de 2010
Especial/Arquivo DCE


Em 2010 o DCE entrou como uma Representação no Ministério Público (MP) que motivou uma Ação Cívil Pública contra a prefeitura de Santa Maria, exigindo licitação das empresas de transporte coletivo. Uma das principais reivindicações do DCE é a realização de uma Audiência Pública sobre Transporte. A entidade esteve presente ontem na Câmara de Vereadores na primeira reunião da Comissão Especial sobre o tema, composta pela vereadora Helen Cabral (PT - Presidente), e pelos vereadores Marion Mortari (PP) e Isaias Romero (PMDB). O DCE da UFSM também está promovendo o Concurso Transporte Caótico, os participantes podem enviar vídeos, charges, fotografias e textos sobre a situação do Transporte em Santa Maria.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vestibular: DCE debate modelo em escolas públicas de Santa Maria

sábado, 21 de maio de 2011

Assembleia delibera Ato para quarta-feira


Foto: Chaveli Brondani

Na última quinta-feira (19), na maior Assembleia Geral dos últimos anos, com cerca de 200 estudantes na Praça Saldanha Marinho, foi unânime a realização de um ato contra o aumento da passagem e por um Sistema Integrado de verdade em Santa Maria. Vários pontos foram colocados nas diversas intervenções durante o Ato, da necessidade de mais linhas e horários, licitação, transporte gratuito, audiência pública e reforma no Conselho Municipal de Transporte (CMT).


Além da presença de vários diretórios acadêmicos da UFSM, esteve presente também os diretórios dos cursos de direito e de psicologia da Unifra, além do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Santa Maria (Sintical), filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Foto: Lotário de Souza

O Ato será realizado na quarta-feira, às 14h, com concentração na Praça Saldanha Marinho. O DCE da UFSM convida toda a população de Santa Maria, em especial os estudantes da UFSM, a manifestar sua indignação em relação ao sistema de transporte, a falta de diálogo presente na proposta de (falsa) integração e aos constantes aumentos no valor da tarifa do governo Cezar Schirmer.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Horário de funcionamento das secretarias do DCE em Santa Maria

Horários de expediente das secretarias do DCE em Santa Maria, a partir de segunda-feira, 23 de maio. Entre as funções da secretaria está a marcação de festas na Boate do DCE, os pedidos de carteirinha estudantil o cadastro dos Diretórios Acadêmicos e o encaminhamento das bolsas de formação estudantil para a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE).

Centro (CEU I, rua professor Braga, 79)
das 15h às 20h

Campus (CEU II, Sala do Bloco 21)
das 11h às 13h

Gestão Em Frente - Modelo de Carteirinha


O DCE da UFSM, gestão Em Frente, divulga o modelo de carteira estudantil que estará disponível para os estudantes da UFSM. Para confeccionar a carteira estudantil basta fazer o pedido na secretária do DCE, com comprovante de matrícula, cópia da identidade e uma fotografia 3x4. O valor da carteirinha é de R$5,00 para estudantes sem o benefício sócio-economico (BSE) e R$3,00 para estudantes com o BSE.
A carteirinha estudantil do DCE é a única diposnível aos estudantes da UFSM com validade em todo território nacional. Nos campi da UDDESM e do CESNORS, os estudantes também podem solicitar as carteiras do DCE.
As secretarias do DCE ficam na sede central da entidade, na rua Professor Braga, 79, centro de Santa Maria, e na Sala do Bloco 21 na CEU II, no campus da UFSM em Santa Maria.

terça-feira, 17 de maio de 2011

TRANSPORTE PÚBLICO: Assembleia Geral

O DCE da UFSM, Gestão Em Frente, promove em conjunto com os Diretórios Acadêmicos e Direções das Casas do Estudante, Assembleia Geral dos Estudantes, nesta quinta-feira (19), às 17h30mim na Praça Saldanha Marinho.

Em pauta:
- Aumento do preço da tarifa do transporte coletivo
- Modelo de Integração para a cidade de Santa Maria
- Mobilizção e linha de atuação do Movimento Estudantil da UFSM

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Assembleia Popular Indígena nesta quinta-feira

Do Portal UFSM:



Na próxima quinta-feira, dia 12, ocorre a 1ª Assembleia Popular Indígena, que pretende tratar da presença indígena no município de Santa Maria, políticas públicas, responsabilidades e ações referentes ao processo de demarcação de terras indígenas, a saúde e a educação indígenas e os direitos e legislação indigenista, dos povos Guarani e Kaigang. A assembleia realiza-se das 8h30min ao meio-dia e 13h30min às 18h, no auditório do Centro de Ciências Sociais e Humanas da UFSM.


Vários setores da UFSM estão envolvidos nesta discussão, que conta com o apoio de:


Grupo de Apoio aos Povos Indígenas – GAPIN


Ministério Público Federal – MPF


Departamento do Curso de História da UFSM


Seção Sindical dos Docentes da UFSM – SEDUFSM


Conselho Indigenista Missionário – CIMI


Conselho de Missão entre Índios – COMIN


Diretório Central de Estudantes – DCE


Diretório de Estudantes do Curso de História da UFSM – DAQUIPALM


Levante Popular da Juventude – LEVANTE


PROGRAMAÇÃO

MANHÃ

8h - Recepção/credenciamento e entrega dos materiais;

8h30min – Abertura dos Trabalhos.

9h - Orientações Gerais aos participantes sobre o andamento dos trabalhos e a metodologia a ser utilizada.

9 - 10h – 1º Painel – TERRA.

10 - 12h – 2º Painel – SAÚDE.

12h – Almoço.


TARDE

13h30min - Reabertura dos Trabalhos.

13h40min – 3º Painel – EDUCAÇÃO.

15h – 3º Painel – ACESSO A PROGRAMAS E DIREITOS SOCIAIS BÁSICOS.

16h – 4º Painel - POLÍTICAS PÚBLICAS E ETNODESENVOLVIMENTO.

17h30min - Encaminhamentos Finais.

18h – Encerramento das Atividades.


Conselho de DAs define amanhã critérios para Bolsas de Formação Estudantil

Na reunião de amanhã do Conselho de DAs, os Diretórios definirão os critérios para as Bolsas de Formação Estudantil, os pedidos de bolsas são encaminhadas pelos DAs e pelo DCE para a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis. Atualmente, o DCE tem direito a pedir 200 bolsas anuais para mais de 25 mil estudantes da UFSM.

Durante a Gestão Avante!, o Conselho de DAs definiu que destas 200 b0lsas, 100 seriam usadas para eventos do Movimento Estudantil (CONEB, CONUNE, Encontros de Executivas de Curso) e 100 para eventos acadêmicos em geral. As Bolsas de Formação Estudantil são disponíveis para todos os estudantes, mediante apresentação de certificado do evento, identidade, matrícula e conta no Banco do Brasil. A Bolsa é de reembolso, no valor de R$180,00, podendo ser retirada até 3 bolsas por certificado, além das Bolsas do DCE, os DAs também têm um número específico de bolsas.

Confira a pauta completa do Conselho de DAs.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Convocatória Conselho de DAs - Maio de 2011

União Nacional dos Estudantes

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES

GESTÃO EM FRENTE – 2011/2012



Convocatória 001/2011 - DCE Santa Maria, 09 de maio de 2011.





Conselho de Entidades de Base

Com satisfação, o DCE da UFSM convoca as entidades para o Conselho de Entidades de Base (CEB) a ser realizado no auditório do DCE, na rua Professor Braga, 79, às 19 horas do dia 12 de Maio de 2011, com a seguinte sugestão de pauta:



- Informes

- Eleição da Mesa Diretora

- Posse de novos membros do DCE

- Bolsas de Formação Estudantil

- Transporte Público

- Eleições para o Congresso da UNE (CONUNE).





Atenciosamente,

DCE UFSM – Gestão Em Frente

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Concurso Transporte Caótico: Envie vídeos, fotos e textos e ganhe prêmios








O DCE da UFSM, Gestão Em Frente, lança o Concurso Transporte Caótico, como forma de mostrar a precariedade do serviço oferecido pelas empresas de transporte coletivo em Santa Maria. Os vencedores nas quatro categorias: texto, vídeo, fotografia e História em Quadrinhos, serão escolhidos a partir de uma enquete no blog e ganharão 10 fichas de cerveja na Boate do DCE! Os materiais podem ser enviados até o dia 30 de maio para o e-mail: transportecaotico@gmail.com.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Centro de Eventos: Acordos em Relação às Festas

O DCE da UFSM, Gestão Em Frente, esteve ontem reunido com DAs e turmas do CCR para a definição de critérios em relação às festas estudantis no Centro de Eventos. Desde o ano passado, ainda na Gestão Avante, o DCE tem atuado em defesa dos interesses dos estudantes e lutando contra a proibição da realização das festas, tendo realizado no começo deste ano um abaixo-assinado.

Na quarta-feira passada a reitoria liberou as festas das turmas no Centro de Eventos, em reunião na noite de ontem as turmas, os DAs e o DCE definiram os seguintes critérios:

-Poderão ocorrer duas festas por mês ou a cada 15 dias ( para não fazer muito barulho ao HUSM e vizinhos) totalizando em média 8 festas-semestre;
- As turmas terão que entrar em contato com a brigada para ajudar a fazer a segurança externa à festa(Obs: a brigada militar já é autorizada a entrar em território da universidade)
-Os carros ficarão estacionados do lado de fora do Centro de Eventos;
-A cobrança do Ingresso será na entrada do portão do centro de eventos, ficando o estudante e/ou acompanhante com um canhoto para entregar na entrada do pavilhão;
-Os horários para a realização das festas ficaram das 18:00 hs às 00:00 ou das 20:00 às 2:00 hs, a escolha da turma;
-No final da festa em torno de 40 min. será anunciado à todos que as fichas de bebidas devem ser trocadas, para evitar confusão no final da festa;
-Os churrascos começam Às 11:00 hs até Às 15 hs depois desse horário cessa a venda de bebidas reabrindo novamente somente à noite, a fim de amenizar um pouco o consumo de àlcool e evitar que alguém entre em coma alcoólico;
-Em relação aos menores de idade somente entrarão na festa aqueles com vínculo universitário;
-Os preços dos ingressos ficaram estipulados: R$5,00 univ-antecipado ou R$ 8,00 na hora-univ; Não Univ. Antecip R$ 10,00, na hora-15,00.
-Foi acordado entre as turmas do CCR que ambas poderão fazer no máximo duas festas por curso-semestre, onde a prioridade é o churrasco das turmas que estão já formando, também abriu-se espaço para festas de outros cursos que desejarem fazer festa no centro de eventos(duas por semestre);


Nesse semestre ocorrerá três festas que já estão marcadas:
20 de Maio festa do 8° semestre da Zootecnia;
17 de Junho churrasco do 10° da Agronomia;
1° de Julho churrasco da Veterinária.

Entemos que a volta das festas no Centro de Eventos é uma conquista dos estudantes, das turmas e do movimento estudantil (DCE e DAs).

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Chamada pública, festas no centro de eventos

O DCE, em conjunto com os diretórios acadêmicos do CCR, e com as associações de turmas que estiveram mobilizadas pela volta das festas acadêmicas no centro de eventos. Convoca a todas as turmas interessadas para uma reunião de discussão dos critérios para a realização das festas no centro de eventos.
A reunião se realizará quarta- feira 4 de maio, as 19 hs, na sala Claudio Mussói , prédio 42 CCR.

Saudações estudantis

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pela Gestão Democrática da Assistência Estudantil na UFSM

Se hoje a UFSM possui um dos maiores programas de permanência estudantil do Brasil, isto é, sem dúvida, resultado das lutas protagonizadas pelo Movimento Estudantil nas últimas décadas, pautando a instituição a respeito da importância da democratização do acesso, permanência e formação qualificada aos estudantes de baixa renda, garantindo o direito a educação em pé de igualdade entre toda a comunidade.

Com a intensificação das lutas pela Assistência nos últimos anos tivemos diversas conquistas, como os reajustes das bolsas; redução do preço do xerox; reformas, ampliação e construção de moradias estudantis em Santa Maria, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões; ampliação do Restaurante Universitário, construção de novos RUs e manutenção dos seus preços baratos; conquista da Assistência Estudantil para pós-graduação; redução da multa, aumento de livros e estrutura das bibliotecas; internet na Casa do Estudante; melhorias na União Universitária; reajuste do teto para comprovação de carência; gestão autônoma e democrática das moradias estudantis pelos próprios moradores; dentre outros avanços.

Junto a isto, também tem ocorrido um recrudescimento na postura da PRAE (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis) em relação aos estudantes, atuando de forma mais autoritária ao buscar impor de cima para baixo suas vontades sem dialogar com os estudantes e seus fóruns de decisão. Frente a isto, tivemos de resistir em diversos momentos, como na luta contra a obrigatoriedade de ampliar para 7 moradores nos apartamentos projetados para 6 estudantes; contra a proibição da realização da tradicional Boate da União em 2007/08; contra o uso da carência como instrumento de castigo/chantagem/coerção; na luta por um modelo de segurança patrimonial cidadã e não autoritária, abusiva e repressiva como vinha sendo realizada em 2010 na CEU II, após a invasão da sala do Bloco 13 pela vigilância sem autorização de nenhum morador – e que cabe ressaltar, se retirou completamente da CEU após a mobilização dos moradores, negando-se a se transferir para a guarita construída há 4 anos do lado do paradão de ônibus do lado da CEU, abandonando-a completamente e desrespeitando o acordo realizado entre a Assembléia Geral da CEU II, PRAE e PROINFRA em que passariam a atuar de outra maneira, tudo isso com o objetivo de deixar aumentar os problemas e reclamações relativos à segurança para assim buscar legitimar o seu retorno com força total; na imposição por parte da PRAE de que um dos novos blocos da Casa seja destinado apenas para estudantes menores de 18 anos – como se isso representasse uma grande proteção para estes, frente às “perigosíssimas e depravadas” União e CEU II; nos constantes atritos que a PRAE estabelece com o DCE e Diretoria da CEU II, como se fossemos inimigos; na instalação de grades nas janelas da Casa sem ao menos questionar o modelo de grade que os moradores queriam ou se as desejavam ou não; em tentar trancar, todo início de semestre, a porta da União à meia-noite, desrespeitando a autonomia dos moradores em definir suas próprias normas de convivência, etc.

Neste sentido, também discordamos frontalmente dos interesses da Pró-Reitoria em futuramente acabar com a União Universitária, em retirar as atribuições das Diretorias das Casas e construir mais guaritas e um muro no entorno da Casa do Estudante. Quem deve decidir sobre estas questões são os próprios residentes da moradia estudantil e não pessoas que não vivem nesta.

Em defesa da histórica autonomia de gestão democrática pelos estudantes, nos levantamos para barrar retrocessos e lutar por mais avanços no programa de permanência da UFSM. Foi assim que o DCE e a Diretoria da CEU II conseguiram retirar da pauta do último Conselho Universitário (CONSU de 29/04/2011) a proposta de criação do NAE (Núcleo de Atenção ao Estudante), pelo fato de não ter sido construído com os estudantes e suas entidades representativas, para que de fato esta discussão possa ser realizada pela comunidade com a PRAE.

Não somos contrários a criação de um Núcleo de Atenção ao Estudante. Este projeto constitui na mudança no sistema de organização da PRAE e é dividido em 3 subdivisões: Setor de Benefício Socioeconômico, Setor de Atenção Integral ao Estudante e Setor de Acompanhamento da Moradia Estudantil. Porém, pelo fato de ter sido enviado diretamente para o CONSU (onde os estudantes possuem uma pequena representação e a maioria dos professores desconhece nossa realidade), sem ter sido construído conosco, fez com que o projeto possuísse diversos problemas em seu conteúdo. Assim, questionamos o fato de que diversas atribuições da gestão que hoje são da Diretoria da CEU II e do Conselho de Moradores seriam transferidas para a PRAE, através do Setor de Acompanhamento da Moradia Estudantil, que também assumiria funções do Conselho de Administração da Moradia (composto pela PRAE e Diretorias das Casas), instituído na Resolução 004/08. Também acreditamos que apenas o Setor de Atenção Integral ao Estudante deve desenvolver suas atividades nas salas da União Universitária.

Acreditamos que os principais interessados em discutir os rumos da Assistência Estudantil na UFSM são os estudantes. Logo, devem-se estabelecer mecanismos de gestão democrática e participativa entre estudantes e Reitoria, pois hoje mal sabemos para onde são destinados os recursos da Assistência e queremos discutir para onde estes devem ser investidos, assim como quais ações e rumos devem ser tomados para qualificar o programa de permanência da UFSM, que necessita ser ampliado para todos os campi.

Por um programa de Assistência Estudantil construído com os estudantes e não apenas para os estudantes!

DCE-UFSM

Casa ou quartel?


Reitoria da UFRGS tenta empurrar goela abaixo regimento que retira direitos dos moradores

Alexandre Haubrich, jornalista e editor do Jornalismo B


Os resíduos bolsonarianos chegaram a Casa do Estudante Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEU-UFRGS). Em silêncio, sem ampla divulgação na comunidade acadêmica, a Reitoria da UFRGS caminha para impor um novo regimento na CEU. “Casa” é um conceito que parece um tanto controverso no tal regimento. Ou você, leitor, não pode andar sem camisa dentro de sua casa? E consumir bebidas alcoólicas em casa, você pode? Mesmo que o local onde você mora seja alugado? “Que escândalo!”, urrariam os redatores do novo regimento.


Pois é, os estudantes maiores de idade que moram na Casa do Estudante da UFRGS podem ser impedidos de circular sem camisa ou beber nas dependências. Um moralismo antiquado que chega a ditatorial quando consideramos que nada disso foi – nem a Reitoria tenciona que seja – debatido com os moradores. Se o atual regimento nem existe legalmente – há anos a CEU é organizada através de regras regimentais não formalizadas – a proposta de mudança que a Reitoria tenta emplacar retira direitos até de participação dos estudantes na gestão da Casa. Segundo o blog Megafonadores,


Este novo regimento, além de ter sido elaborado sem a participação dos estudantes, é um retrocesso no que tange a gestão da casa. Se aprovado, a CEU não possuirá um conselho gestor com participação dos moradores. Tirando o direito dos alunos de, de forma representativa, deliberarem sobre questões de sua própria moradia.


Os moradores reclamam também de expulsões arbitrárias e de vigilância excessiva, que, para eles, configura a tentativa de “implementação de uma política de controle e repressão sobre os estudantes que necessitam de políticas de promoção social e não da criminalização e exclusão”. Outra questão prejudicial aos moradores se refere às novas regras para a permanência na Casa após a graduação. Hoje, é permitido que os formados continuem ali por até seis meses, prazo que pode ser reduzido para 60 dias. A política de estímulo à permanência na universidade, defendida pela Reitoria, também seria esvaziada, com o fim da permissão para alunos de pós-graduação morarem na CEU.


Localizada na avenida João Pessoa, uma das principais vias de Porto Alegre, a Casa do Estudante da UFRGS é, atualmente, o lar doce lar de 400 estudantes. Mas a doçura pouco tem a ver com a estrutura oferecida pela universidade. A quantidade de pias e fogões não supre a demanda, há infiltrações no oitavo andar e a segurança contra incêndios é criticada pelos moradores. Além disso, o segundo andar, antes ocupado por moradias, foi transformado em espaço da administração, para departamentos que antes ficavam no prédio da Secretaria de Assistência Estudantil. Essa medida, obviamente, reduz a quantidade de vagas oferecidas para moradia.


Esses e outros problemas estruturais, somados à tentativa de retirada de direitos e de imposição antidemocrática de um novo regimento, levaram os estudantes ao Campus Central da universidade, para protestar e propor um regimento alternativo. Ainda segundo o Megafonadores, “o Secretário de Assistência Estudantil, Edilson Nabarro, resolveu sair para conversar com os estudantes. Recebeu as reivindicações, mas não se comprometeu com nada. Disse não estar impondo esse novo regimento, mas também não quis saber do regimento elaborado e proposto pelos moradores da casa”.


O regimento informalmente em vigor pode ser lido AQUI.


A “proposta” da Reitoria pode ser lida AQUI.


A contra-proposta dos estudantes / moradores pode ser lida AQUI.


Mais informações no blog da CEU.

Posse: Em Frente assume DCE hoje

A Chapa Em Frente, vencedora das eleições do último dia 27, toma posse hoje, às 20h30mim, no auditório do DCE, na sede central da entidade, que fica na Rua Professor Braga, no prédio da CEU I.

Todos os estudantes estão convidados. Reitoria da UFSM, movimentos sociais, comunitários e sindicais também deverão estar presentes. Na posse será servido um coquetuel com doces e salgados.

domingo, 1 de maio de 2011

PRIMEIRO DE MAIO: DIA DE FESTA OU DIA DE LUTA?

por Wanderci Bueno
Este artigo busca responder porque que a cada ano o 1º de Maio no Brasil tem sido tratado pela direção da CUT cada vez mais como um dia de festa e cada vez menos como um dia de luta dos trabalhadores.

Meu Maio

A todos

que saíram às ruas,

de corpo-máquina cansado,

a todos

que imploram feriado

às costas que a terra

extenua

Primeiro de Maio!

O primeiro dos maios:

saudai-o enquanto

harmonizamos voz em

canto.

Sou operário

este é meu maio!

Sou camponês

este é meu mês.

Sou ferro

eis o maio que eu quero!

Sou terra

O maio é minha era!

(Vladimir Maiakovski)



A história

O 1º de Maio foi proclamado como data internacional de luta dos trabalhadores em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.

Depois de uma dura e longa batalha, depois de uma poderosa greve realizada em Chicago, depois de enfrentamentos, provocações policiais, etc., vários dirigentes do movimento que reivindicava redução da jornada e melhores condições de trabalho, foram presos e levados a “julgamento”. De maio a 9 de outubro ocorrem as farsas nos tribunais e na data de 9 de outubro Parsons, Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados ao enforcamento, Fieldem e Schwab à prisão perpétua e Neeb condenado a quinze anos de prisão.

Antes de morrer Parsons fez um discurso onde ao final sintetiza suas idéias: “A propriedade das máquinas como privilégio de uns poucos é o que combatemos; o monopólio das mesmas, eis aquilo contra o que lutamos. Nós desejamos que todas as forças da natureza, que todas as forças sociais, que essa força gigantesca, produto do trabalho e da inteligência das gerações passadas, sejam postas à disposição do homem, submetidas ao homem para sempre. Este, e não outro, é o objetivo do socialismo”.


No Brasil

No Brasil os primeiros movimentos relacionados ao 1º de Maio aconteceram em 1890. Em 1895, na cidade de Santos, o Centro Socialista realiza uma importante comemoração do dia dos trabalhadores. Mas a primeira grande manifestação do 1º de Maio ocorreu no Rio de Janeiro, em 1906, organizada pela Confederação Operária Brasileira (COB – primeira experiência de central sindical do país). Contrariando as tendências da época, a COB combatia veementemente aqueles que encaravam a data como feriado, como festa. As palavras de ordem eram: jornada de 8 horas; melhores condições de trabalho; autonomia sindical.

A data passa a ser considerada oficialmente como Dia dos Trabalhadores apenas em 1925 por um decreto do governo do Presidente Artur Bernardes – 1 ano após o mesmo ter enviado aviões para bombardear as fábricas ocupadas pelos operários em São Paulo.

Transformado em dia de festa dos trabalhadores junto com patrões e governo desde Getúlio Vargas, o Primeiro de Maio ressurgirá independente com as lutas revolucionárias ainda na década de 50 e depois na luta contra a ditadura militar.


Por que os Primeiros de Maio viraram festas?

No Brasil, a CUT realizou no passado importantes atos de luta em comemoração ao dia Internacional dos Trabalhadores. Hoje, se os leitores acessarem o site da CUT nacional encontrarão um misto de shows e pirotecnia, e muito pouco do que possa lembrar seu passado de lutas. Isso é decorrência do fato de que a maioria das direções sindicais equivocadamente abraçou as velhas e carcomidas teses do reformismo. Assim, julgamos oportuno voltar a expor os traços gerais destas posições inventadas por Bernstein contrapondo a elas as teses do verdadeiro marxismo, em especial a posição de Rosa Luxemburgo brilhantemente fundamentada em seu texto Reforma ou Revolução. Portanto o objetivo deste artigo não é do de reproduzir ou de discorrer sobre a heróica luta dos trabalhadores desde Chicago até os dias de hoje, mas sim o de tentar, modestamente ajudar os trabalhadores a refletirem no sentido da busca da superação do atual estado de mesquinhez e de rebaixamento no qual está metido o sindicalismo brasileiro.

Dizem na CUT e na Força Sindical que existe uma nova classe trabalhadora, com outras preocupações, as quais seriam muito diferentes das preocupações dos operários das décadas de 80-90. Dizem que hoje o capitalismo se modernizou e consegue absorver as contradições mais rapidamente e que a cada ano vai elevando cada vez mais o nível de vida das amplas massas. Dizem até mesmo que as crises agudas do capitalismo podem ser evitadas, que um outro capitalismo, menos selvagem, ou seja democrático e planificado, é possível. Basta existirem homens de bem e com boas idéias que representem a classe operária e que encontrem aliados nacionalistas, democratas sinceros entre a burguesia.

Segundo essa nova teoria, fabricada para justificar a velha ação reformista, a classe trabalhadora de hoje quer consumo, quer melhorar seu padrão de vida. Dizem que a classe estaria, cada vez mais, mais próxima das camadas médias da população e que por isso, a tática do movimento sindical deve ser outra. Essa nova classe trabalhadora afinal, para estes novos teóricos, almejaria transformar-se em pequena burguesia.

Na verdade quem quer se transformar, ou já se transformaram em pequenos burgueses foram aqueles dirigentes oriundos das lutas passadas do movimento dos trabalhadores que, por dentro do aparelho sindical ou partidário, galgaram postos no aparato institucional do Estado burguês e em nome da defesa de seus interesses pessoais (que só existem se preservados os interesses da burguesia) advogam em defesa da aliança de classes, pois sem ela, seus sonhos de pequena burguesia evaporariam como o éter no ar.

Os trabalhadores, sejam eles das fábricas ou do telemarketing, estão subordinados às mesmas leis do Capital em cuja base repousa a propriedade privada dos meios de produção, o mercado e os trabalhadores que vendem a única mercadoria que possuem: a sua força de trabalho, de onde se origina toda riqueza. Para aos nossos teóricos do moderno reformismo nada disso interessa. O que vale, o que conta é que o capitalismo não pode ser destruído, ao contrário, ele deve ser fortalecido e dinamizado e quanto mais avançar, mais os trabalhadores estariam próximos do socialismo e do reino dos céus e da abundância dos shoppings, do crédito bancário.

A burguesia e o imperialismo, ajudados pelo governo, inundaram o mercado com uma série de produtos supérfluos, descartáveis e de qualidade duvidosa. A ordem dada por Lula, no auge da crise em 2009 foi: “trabalhadores façam empréstimos, consumam, comprem que o governo garante”. A “saída” tática foi a de criar uma bolha de crédito, injetando dinheiro público nos bancos e estimulando o consumo e a construção civil. Ou seja, para salvar o capitalismo de sua crise de agonia era necessário desovar o estoque da superprodução e salvar os bancos. Mas como todos sabem, isso tem limites.

O fato dos trabalhadores terem carros, televisões, celulares, não importa em nada para o fato real e concreto de que eles continuam vendendo sua força de trabalho, sendo explorados, e que por meio desta exploração os burgueses continuam acumulando mais-valia. Nada disso apaga o caráter reacionário do sistema capitalista no qual a acumulação se dá por sobre uma produção anárquica e que em seu estágio atual tende sempre a colapsar, provocando crises cada vez mais agudas, ameaçando o conjunto das conquistas e direitos dos trabalhadores.

Para “provarem” suas teses, os reformistas no Brasil inventaram que as classes mais marginalizadas, o que eles chamam de classes “C” e “D” estariam saindo destas condições, saltando da “D” para “C” e da “C” para a “B”. Certamente, segundo os modernos teóricos, parte da chamada classe “B” estaria migrando para a classe “A”. Esta moderna teoria a cada época tem uma roupagem e um linguajar típico de momento. Mas na essência em nada difere das velhas teses reformistas de Bernstein.


Reforma ou Revolução?

Rosa Luxemburgo diz em seu livro Reforma ou Revolução: “Segundo Bernstein, um desmoronamento geral do capitalismo aparece como cada vez mais improvável, de um lado, porque o sistema capitalista manifesta uma capacidade de adaptação cada vez maior e, de outro, a produção se diferencia cada vez mais. A capacidade de adaptação do capitalismo manifesta-se segundo Bernstein, em primeiro lugar no desaparecimento das crises gerais, graças ao sistema de crédito e das organizações patronais, das comunicações e do serviço de informações; segundo, na tenacidade das classes médias, como conseqüência da diferenciação crescente dos ramos de produção e da elevação de grandes camadas do proletariado ao nível da classe média; em terceiro lugar, enfim, na melhoria da situação econômica e política do proletariado, por conseqüência da ação sindical”.

Prossegue Rosa: “Para a luta prática, decorre do que foi dito, a conclusão geral de que não deve a social-democracia dirigir sua atividade no sentido da conquista do poder político, mas sim da melhoria da situação da classe operária e da instituição do socialismo, não como conseqüência de uma crise social e política, mas por meio da extensão progressiva do controle social e aplicação gradual do princípio da cooperação”. Isso lhes soa algo familiar? Não é muito parecido com o que prega a maioria da direção do PT e da CUT?

Para os reformistas, novos e velhos, do passado e do presente, é impossível aceitar que a crise geral do capitalismo, como diz Rosa Luxemburgo: “ponto de partida da transformação socialista”, abrirá a era das revoluções. Para os reformistas o capitalismo, por suas contradições inerentes, ele mesmo prepararia o momento de seu desmantelamento, como algo natural e progressivo, sem luta para tomar o poder das mãos da burguesia e sim por meio de reformas sociais que vão dando uma cara nova ao capitalismo, até que, plin-plin: “geeeente... chegamos ao socialismo, por isso um louvor e vivas às reformas sociais e ao instrumento que as possibilita, o Congresso Nacional, o parlamento e as eleições burguesas, para as quais seguiremos por todos os séculos de mãos dadas com os aliados de bom coração da burguesia, para dar governabilidade, ampliar a democracia, acabar com a fome da face da terra, com as guerras, com o desemprego, com os baixos salários, com os acidentes de trabalho, com as jornadas de trabalho excessivas, com as doenças profissionais, obtendo saúde publica e gratuita de qualidade para todos, educação e segurança para todos, dando terra aos pobres, casas, fazendo a reforma urbana e agrária. Venham, venham todos, este é o Grande Circo da Reforma”.

Mas a luta de classes é implacável e teimosa, de tempos em tempos deita por terra todas estas baboseiras, vimos isso nas greves gerais que abalaram a Europa, vimos isso na revolução que está varrendo o mundo árabe e vimos isso nas greves dos trabalhadores da construção civil em Jirau, em Santo Antônio. O socialismo se imporá por ação direta das massas. “A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores” (Karl Marx).

A classe operária segue implacavelmente sua luta que se confunde com as últimas palavras proferidas por um dos mártires de Chicago, antes de ser enforcado em outubro de 1886:

“Com o nosso enforcamento, vocês pensam em destruir o movimento operário. Aqui vocês apagam uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescem e vocês não podem apagá-las.” (August Spies)

Viva a classe operária em todo o mundo!
Viva o Primeiro de Maio