terça-feira, 3 de abril de 2012

Pela Memória e pela Verdade

Por Olga Herbertz*
Texto e Foto


Há 48 anos o Brasil entrava no período mais negro da sua história: a Ditadura Civil-militar. Desta época restam dúvidas, crimes, a lei da Anistia falha e famílias sem os corpos de seus filhos e filhas; pensando nisso surgem no país diversos comitês/coletivos/fóruns que defendem a memória, a justiça e a verdade. Tais comitês reivindicam a revisão da Lei da anistia, a abertura dos arquivos militares, o reconhecimento por parte do Estado brasileiros dos crimes cometidos em seu nome e a punição dos responsáveis.

Santa Maria não poderia ser diferente e em Agosto de 2011 foi fundado o Comitê Santamariense de Direito à Memória e à Verdade, hoje é aberto para qualquer pessoa que desejar construir a verdadeira história brasileira. No momento aderem à entidade o DLD (Diretório Livre do Direito), DACAR (Diretório Acadêmico do Curso de Arquivologia), DAQUIPALM (Diretório Acadêmico Quilombo dos Palmares), DAFIL (Diretório Acadêmico da Filosofia), DCE UFSM (Diretório Central dos Estudantes), o Macondo Coletivo e o Fora do Eixo.

Na última segunda-feira o Comitê realizou um ato na Praça Saldanha Marinho, lembrando os 48 anos do golpe, as vítimas da ditadura e apoiando a Comissão Nacional da Verdade, que deve ser nomeada ainda este semestre pela Presidenta Dilma Rousseff. Na oportunidade foram apresentados depoimentos de torturados, formas de tortura, fotos dos anos de chumbo, músicas e teatro.

O ato foi finalizado com uma imensa roda, onde todos os presentes deram as mãos e cantaram juntos "é preciso não ter medo, é preciso ter a coragem de dizer".





*Estudante de Arquivologia da UFSM, participa do DACAR, do DCE e do Comitê Santa Mariense de Direito à Memória e a Verdade.