sexta-feira, 1 de junho de 2012

Assembleia com 600 deflagra Greve Estudantil na UFSM


Cerca de 600 estudantes estiveram presentes na Assembleia.


Ocorreu na última quarta-feira, 30 de maio, no auditório do Centro de Ciências Rurais do campus de Santa Maria da UFSM, a Assembleia Geral dos Estudantes, cuja pauta foi a greve dos docentes. Tendo em vista a adesão de apenas uma parte dos docentes à greve, o que prejudica o calendário acadêmico, a iminência da greve dos Técnicos Administrativos, o que suspenderia entre outras coisas RUs e bibliotecas, os estudantes decidiram por deflagrar a greve estudantil, uma vez que vários cursos da UFSM e o CESNORS já haviam deliberado por greve e paralisação, professores declararam greve em mais de 50 universidades e 18 instituições estão também em greve estudantil.
Abaixo, seguem os encaminhamentos da Assembleia:

- Apoio às greves dos professores e técnicos administrativos;
- Greve estudantil;
- Garantir no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) a suspensão do Calendário Acadêmico;
- Organização de atos públicos, sendo que um deles será durante o CEPE e outro terça-feira, em apoio à mobilização nacional que estará acontecendo em Brasília;
- Formação de um Comando de Greve composto por representantes de Diretórios Acadêmicos e por representantes de cursos que ainda não têm DA organizado;

Momento da votação pela deflagração de greve estudantil
A greve estudantil não é apenas uma mobilização em apoio à greve docente. Entendemos que as reivindicações dos professores são em torno de melhorias na educação e que esse é um momento para construir uma mobilização unificada por uma universidade pública, democrática e socialmente referenciada, que esteja comprometida com as reais demandas da classe trabalhadora. Por isso, reivindicamos:
- Garantia de acessibilidade em todos os espaços da universidade (centros, RU's, bibliotecas, etc.);
- Criação de uma DCG de Libras com contratação de professores;
- Criação de DCG's interdisciplinares;
- Criação de uma DCG interdisciplinar de Trabalho em Saúde;
- Contratação de mais professores efetivos, em especial para os cursos do REUNI, do CESNORS e da UDESSM;
- Mais laboratórios e melhoria dos laboratórios atuais;
- Construção de novas bibliotecas e ampliação dos acervos já existentes;
- Maior tempo para a utilização pública e gratuita do Centro de Educação Física e Desportos;
- Transporte inter-campi;
- Um prédio que abrigue toda a estrutura da Comunicação Social;
- Agilidade nas obras da universidade;
- Implementação imediata das conquistas da ocupação da Reitoria;
- Prestação de contas do REUNI até o fim da greve;
- Avaliação dos professores pelos estudantes;
- Outros critérios para a avaliação da produção científica;
- Curricularização da Extensão;
- Paridade entre estudantes, professores e técnicos administrativos em todos os Conselhos e Colegiados nas universidades;
- Ampliação dos recursos do Programa Nacional de Assitência Estudantil (PNAEs);
- Teto para acesso ao benefício sócio-econômico de um salário mínimo e meio, como determinação do - Programa Nacional de Assistência Estudantil;
- Contra o novo Plano Nacional de educação;
- Contra a MP 568;
- Contratação de técnicos administrativos por Regime Jurídico Único pelo fim das terceirizações;
- 10% do PIB para a educação pública já!
E a nossa mobilização segue! Outras pautas serão acrescidas, à medida que mais cursos se reunirem e discutirem. A nossa luta é todo dia. Educação não é mercadoria!

Comando de Greve Estudantil da UFSM

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