As eleições para escolher a nova Direção Executiva do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFSM ocorrem no dia 13 de novembro. Foram inscritas duas chapas para concorrer à direção do DCE, a Chapa 1 – É tempo de avançar e a Chapa 2 – Muda DCE.
Segundo a estudante de Serviço Social da UFSM e integrante da coordenação geral da Chapa 1, Cíntia Florence, a chapa deseja mudar a UFSM, que “limita a participação dos estudantes nos espaços de decisão, que é distante da realidade e baseada no ensino com aulas maçantes”:
- Nós somos estudantes que constroem diretórios acadêmicos, grupos de pesquisa e extensão e diversos coletivos de gênero, sexualidade, negritude e indígena. Para nós, o DCE é uma ferramenta que deve servir para a mobilização dos e das estudantes, pautar a garantia dos direitos estudantis e transformar a UFSM. Sabemos que os estudantes da UFSM tiveram conquistas importantes no último período, porém estas ainda são poucas se comparadas às necessidades que temos. Lutamos para avançar na construção de uma universidade pública, democrática e popular. – defende Cíntia.
A estudante ainda ressalta que a Chapa 1 se esforçará para construir tudo o que foi proposto, mas que possuem cinco grandes prioridades:
- A construção de uma Jornada de Lutas pela Assistência Estudantil, que avance no acesso à saúde, aumento da renda per capita para acesso ao Benefício Socioeconômico e conversão das bolsas trabalho em bolsas de pesquisa e extensão; a criação de espaços públicos de cultura e lazer para a juventude, tanto dentro dos campi da UFSM, com a criação de uma concha acústica e um centro de convivência, quanto a revitalização de parques na cidade e a reabertura da Boate do DCE; a luta por um transporte público de qualidade, com a criação de uma empresa pública de transporte na cidade, ampliação dos horários e a redução da tarifa; pautar a implementação da Lei 12.711 das ações afirmativas já no próximo vestibular, que visa garantir o acesso e a permanência daqueles setores que foram excluídos historicamente da universidade pública; e por fim, um mudança estrutural na universidade a fim de democratizar a gestão interna e mudar o paradigma das aulas que temos hoje, construindo um conhecimento onde os estudantes sejam sujeitos e não objetos da educação. Diante disso, é importante ressaltar também a relação do DCE com todos os diretórios acadêmicos e demais grupos organizados dentro da universidade, bem como as demais entidades da UFSM e a cidade.
Já a chapa 2, “Muda DCE” foi criada para retomar a prestação de contas do DCE, para manter as secretarias do DCE abertas aos estudantes, para realizar novamente os Jogos Universitários de Santa Maria (JUSM), retomar a publicação do Jornal do DCE, o programa de rádio, a reabertura da Boate do DCE e uma série de outras atividades, como conta a estudante de Pedagogia e integrante da coordenação geral da Chapa 2, Bruna Mendonça:
- Construiremos uma gestão democrática, horizontal, que ouvirá os estudantes e construirá “de baixo para cima”. Somos autônomos a qualquer governo e temos compromisso com os interesses dos estudantes. Sabemos que para concretizar a universidade que necessitamos é necessário financiamento. Atualmente, o Governo Federal gasta 50% do orçamento com doações aos empresários e menos de 5% com educação. A chapa 1 é composta por coletivos que têm compromisso com o Governo Federal, conflitando com os interesses dos estudantes. Nossa chapa é autônoma a qualquer governo e nosso compromisso é com a categoria estudantil.
A estudante ainda diz que para que as necessidades estudantis sejam atendidas é necessário ouvir e envolver os estudantes e, também, que pretendem democratizar o DCE:
- Efetivadas estas tarefas básicas como jornal, JUSM, abertura de secretarias, etc., envolvendo o máximo possível de estudantes neste processo, pretendemos implementar uma mudança de método que democratize o DCE e o torne presente no cotidiano dos estudantes. A gestão pretende criar as condições adequadas para dar passos mais largos no sentido de contribuir positivamente no processo de expansão da universidade com a qualificação imediata e articulação desta expansão com a universalização, com qualidade, do acesso e permanência, combinada com outras políticas sociais. – aponta Bruna.
O Processo eleitoral
Nesta quarta-feira (13), podem votar todos os estudantes devidamente matriculados nos cursos de graduação, aqueles que se enquadram nas categorias “Aluno Especial I” e “II”, os estudantes do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria e do Colégio Politécnico de Santa Maria, Colégio Agrícola de Frederico Westphalen e os estudantes matriculados na modalidade educação à distância.
A votação ocorrerá das 8h30min às 19h, nas urnas, onde não há aulas à noite; e das 8h30min às 21h, onde há aulas também no período noturno. Os estudantes da modalidade EAD exercerão seu direito de voto na urna localizada no prédio da antiga Reitoria (atual CCSH), no centro da cidade.
Para votar, o estudante deverá apresentar documento com foto (carteira de identidade, Carteira Nacional de Habilitação, passaporte, carteira de trabalho, carteira do DCE da UFSM ou carteira da biblioteca da UFSM).
Conheça as propostas e os integrantes das duas chapas:
- Chapa 1 – É tempo de avançar
- Chapa 2 – Muda DCE
Repórter: Jonas Migotto – Acadêmico de Jornalismo.
Edição: Lucas Durr Missau.
Fonte: Portal da UFSM
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