Esta empresa pública de direito privado, proposta pelo
governo federal para gerência dos HUs, significa uma real ameaça à autonomia da
universidade e à vinculação dos HUs a princípios da formação acadêmica de nossos
estudantes e do contato com a comunidade em geral, além disso significa uma
privatização indireta dos hospitais universitários e a precarização das
condições dos trabalhadores em saúde.
Estiveram presentes, além do DCE, outras entidades, tais como
Sedufsm, Assufsm, Assufrgs, Adufpel, UNE, CUT, CSP-Conlutas, Fasubra, Sintufsc.
Após o cancelamento do conselho as entidades presentes no ato se reuniram e
definiram um conjunto de ações para defender o HUSM 100% SUS e barrar a EBSERH.
Uma das iniciativas é criar uma frente de defesa do HUSM com todas as entidades
presentes no ato e aquelas que quiserem se somar a essa luta, além disso, foram
encaminhadas outras ações como, convocar reuniões com a comunidade para
esclarecimento da situação, usando para isso também, material de divulgação
específico, solicitar a ocorrência de audiências públicas, seja em âmbito
municipal ou estadual, promover reunião com o Ministério Público, entre outras
medidas para mobilizar a população em torno dessa pauta e conseguir força para
barrar a EBSERH na UFSM.
Com a vitoria de hoje a discussão da EBSERH no Conselho
Universitário ficou adiada para data a ser definida, o desafio que se coloca
neste momento é a construção de debates massivos com toda comunidade acadêmica
e sociedade em geral, no sentido de mobilizar e barrar a instalação desta
empresa, que pode significar um imenso retrocesso na luta por saúde e educação
públicas, democráticas e de qualidade para toda população, pautas históricas de
todo movimento social da educação.