Desde o dia 6 de junho, Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) da UFSM estão em greve, assim como em outras universidades federais. No último dia 18, reunidos em Assembleia, os Docentes da UFSM deliberaram radicalizar a mobilização da categoria para uma possível greve. O DCE vem acompanhando as atividades que as entidades (ASSUFSM e SEDUFSM) vêm construindo.
Para nós, é importante salientar que a luta pela valorização e pelos direitos dos trabalhadores das universidades é legítima, caminha no mesmo sentido que a nossa luta por uma educação de qualidade e deve estar no conjunto de pautas que nos oriente para a construção de uma educação transformadora. Defendemos, assim como os TAEs, abertura de concurso público para substituição das terceirizações, reajuste salarial e também somos contra a desvinculação dos Hospitais Universitários das universidades.
Sem entrar no mérito da dificuldade de mobilização que todas as categorias passam, incluindo a estudantil, muitos setores da Universidade continuaram funcionando, o que diminuiu a força da greve, dificultando ter mais ganhos reais nesta luta. Por um lado temos setores diretamente ligados a necessidades dos estudantes afetados: como RU, Biblioteca e o Setor Psicossocial da PRAE; por outro, a maioria das coordenações de curso, dos departamentos e a Reitoria funcionam normalmente. Em nota oficial no dia 19, a Reitoria da UFSM comunicou que, por decisão judicial, serviços como o RU e a Biblioteca voltarão parcialmente.
O DCE da UFSM defende a integralidade da assistência estudantil (Bibliotecas, RUs, Casa do Estudante, bolsas) e que somente parando esses serviços não é suficiente para acumular forças e pressionar o Governo. Mas salientamos que a razão de existir a greve é da falta de diálogo e de propostas concretas do Governo Federal aos servidores. O fim ideal dessa luta é com o atendimento das pautas pelo governo, conquistadas com a mobilização e o apoio da comunidade universitária e da sociedade. Para isso, é necessária maior articulação entre as categorias, principalmente à construção de lutas em defesa da educação pública, como os 10% do PIB para a Educação, a discussão do modelo de educação, e defesa da assistência e permanência dos estudantes na Universidade, além de pautas gerais como saúde e transporte público.
Convocamos também os estudantes da UFSM a participar da Caminhada em Defesa da Saúde e Educação, que será realizada no dia 24, às 13h, com saída do trevo das Dores em direção ao Centro de Santa Maria.
DCE UFSM
Gestão Em Frente