Na manhã do dia 9 de agosto, representantes do Diretório Central dos Estudantes – Gestão Em Frente – recepcionaram os calouros dos cursos de Relações Públicas, Tecnologia em Alimentos e Sistemas para Internet da UFSM-CESNORS (Centro de Educação Superior Norte do Rio Grande do Sul) campus Frederico Westhphalen. O espaço foi realizado em conjunto com os Diretórios Acadêmicos dos referidos cursos, com apresentação das entidades que representam os estudantes, bem como o caráter do movimento estudantil e da universidade e suas respectivas relações com a sociedade.
Foi exposto a forma dos estudantes obterem o Benefício Sócio-econômico (BSE) e os respectivos direitos que este benefício, garantido pela PNAES (Programa Nacional de Assistência Estudantil) proporciona aos estudantes. Dentre estes direitos estão restaurante universitário, auxílio transporte e moradia estudantil, sendo que esta última os estudantes do CESNORS desconhecem totalmente, pois a Casa do Estudante, tanto em Frederico Westhphalen como em Palmeira das Missões, apesar de estar tecnicamente pronta a meses, ainda não se encontra a disposição dos estudantes com o BSE. Vale ressaltar que há aproximadamente 500 estudantes com o BSE, em ambos os campus do CESNORS, há apenas 36 vagas em cada Casa do Estudante dos campi, algo que gera indignação por parte dos estudantes, afinal, Assistência Estudantil não é um favor e sim um direito dos estudantes.
Já na manhã do dia 10, no campus da UFSM-CESNORS em Palmeira das Missões houve espaço semelhante realizado no dia anterior, com os calouros da Nutrição, onde uma das calouras colocou a situação do movimento estudantil no período de sua primeira graduação, quando fazer parte do movimento estudantil e da União Nacional dos Estudantes era considerado um crime. Interessante ressaltar o caráter autônomo e de luta da UNE neste período, o que não vemos hoje.
Foi realizado também, em ambos os espaços, dinâmica que trouxe a tona o debate sobre preconceitos e opressões, onde além da descontração entre os calouros houve a reflexão sobre como a sociedade trata negros, prostitutas, homossexuais, indígenas, portadores de necessidades especiais, mulher, entre outros. Alguns dos calouros “sentiram na pele” as opressões que a sociedade impõe a estes e quando perguntados se eles haviam gostado, a unanimidade na resposta foi rápida: “NÃO!”.
Houve também uma fala rápida, por motivo de não consenso dos professores, com os calouros de Biologia e Economia do CESNORS – campus Palmeira das Missões. A princípio, com os calouros de Engenharia Ambiental, o DCE realizará um espaço na sexta-feira, dia 12.
Por Cíntia Florence, estudante de Serviço Social na UFSM - campus Santa Maria
Fotos: Fábio Pelinson, estudante de Jornalismo na UFSM - CESNORS - Frederico Westhphalen