
A cidade de Santa Maria é caracterizada pela alto
contingente juvenil. Jovens de todas as regiões do Rio Grande do Sul, como
também de outros estados, são atraídos para a cidade na perspectiva de cursar o
ensino superior, a carreira militar ou ainda o mercado de trabalho. Além disso,
os jovens conterrâneos formam um contingente de mais de 27 % da população
total, espalhados pelos diversos bairros e regiões.
A juventude é uma fase da vida mais ou menos
determinada entre os 14 e 29 anos e uma categoria social que possui
características muito específicas. Compreender essas especificidades é
fundamental para pensarmos as demandas próprias desse contingente, que mesmo
sendo muito grande, tem sido, literalmente, negligenciado pelo poder público de
nossa cidade.
Uma das
principais caracterizações do período juvenil, é que este se encontra em
processo de definição e construção de perspectivas. É um momento de experimentação, construção de
identidade e de expectativas sobre o futuro. Nessa fase, os sujeitos tomam as
principais escolhas de sua vida, seja na dimensão profissional, afetiva,
afinidades políticas, entre outras. Assim a juventude necessita políticas
publicas capazes de atender suas especificidades, como políticas de lazer e
cultura, consideradas elementos de maior interesse dos jovens. Refletir sobre essa questão é essencial neste
momento, tanto pelas circunstâncias, como, por acreditar que a falta dessas
políticas esta diretamente relacionada com os últimos acontecimentos que
abalaram nossa cidade.
Esta fase de experimentação é
potencializada pela participação em grupos e atividades sociais.Não é a toa que espaços de cultura e diversão
estão entre as questões mais importantes para os jovens, visto que são espaços
fundamentais de sociabilidade, de elaboração de identidades individuais e
coletivas. O jovem tem grande necessidade de se encontrar, de sair de casa,
seja para conversar, dançar, se divertir.É por meio desses espaços que ele troca suas descobertas, preocupações
com amigos, constrói seu estilo, sua forma de se expressar, de pensar e ver o
mundo e se posicionar perante ele.
As políticas de cultura são, ou deveriam ser, um direito da juventude, um direito de ter a oportunidade de vivenciar com segurança essa etapa. Compreendemos que o poder público tem a obrigação de olhar para essa categoria que compõe uma parcela significativa da população, visto que vivenciamos uma situação de direitos não garantidos: o direito à cultura, ao divertimento, à cidade ou ainda á própria juventude.
Entretanto, o que vemos hoje em Santa Maria não é isso. O desleixo é tanto em relação às demandas da juventude, que apenas quando acontece algo muito grave que o poder público se manifesta em relação à juventude. Acreditamos que o acontecido da boate Kiss se relaciona com a necessidade de nossa cidade - que possui alto contingente juvenil – em vir a oferecer espaços públicos de cultura e lazer.
Infelizmente o poder público pouco ou nada tem garantido em relação ao acesso a cultura para esse contingente. Sabes-se bem, que os espaços de lazer e os bens culturais em Santa Maria são dominados pelo setor comercial. Por outro lado, os espaços públicos de lazer de encontro e integração da juventude nos últimos anos foram se extinguindo, foram fechados, interditados e condenados. Cita-se como exemplo: o Bombril, a concha acústica do Itaimbé e a praça do “Brama”. Em todos esses casos, não houve esforço algum do setor público para viabilizar estes espaços, apenas decretos de fechamento. O acesso ao direito do lazer e da diversão tem ficado a mercê do mercado e sua pela lógica da lucratividade.
Nós do Diretório Central dos Estudantes da UFSM, gostaríamos de convocar toda a juventude para travar essa luta pelo direito ao lazer e a cultura. Não podemos deixar que um acontecimento que levou sonhos e perspectivas de muitos jovens seja esquecido como se tudo estivesse bem. Temos que juntos superar essa realidade reivindicando o direito de vivenciar nossa juventude com segurança. Temos que a partir de agora refletir sobre o que queremos para nossa cidade e para a juventude que merece espaços de lazer seguros, de qualidade e públicos.
As políticas de cultura são, ou deveriam ser, um direito da juventude, um direito de ter a oportunidade de vivenciar com segurança essa etapa. Compreendemos que o poder público tem a obrigação de olhar para essa categoria que compõe uma parcela significativa da população, visto que vivenciamos uma situação de direitos não garantidos: o direito à cultura, ao divertimento, à cidade ou ainda á própria juventude.
Entretanto, o que vemos hoje em Santa Maria não é isso. O desleixo é tanto em relação às demandas da juventude, que apenas quando acontece algo muito grave que o poder público se manifesta em relação à juventude. Acreditamos que o acontecido da boate Kiss se relaciona com a necessidade de nossa cidade - que possui alto contingente juvenil – em vir a oferecer espaços públicos de cultura e lazer.
Infelizmente o poder público pouco ou nada tem garantido em relação ao acesso a cultura para esse contingente. Sabes-se bem, que os espaços de lazer e os bens culturais em Santa Maria são dominados pelo setor comercial. Por outro lado, os espaços públicos de lazer de encontro e integração da juventude nos últimos anos foram se extinguindo, foram fechados, interditados e condenados. Cita-se como exemplo: o Bombril, a concha acústica do Itaimbé e a praça do “Brama”. Em todos esses casos, não houve esforço algum do setor público para viabilizar estes espaços, apenas decretos de fechamento. O acesso ao direito do lazer e da diversão tem ficado a mercê do mercado e sua pela lógica da lucratividade.
Nós do Diretório Central dos Estudantes da UFSM, gostaríamos de convocar toda a juventude para travar essa luta pelo direito ao lazer e a cultura. Não podemos deixar que um acontecimento que levou sonhos e perspectivas de muitos jovens seja esquecido como se tudo estivesse bem. Temos que juntos superar essa realidade reivindicando o direito de vivenciar nossa juventude com segurança. Temos que a partir de agora refletir sobre o que queremos para nossa cidade e para a juventude que merece espaços de lazer seguros, de qualidade e públicos.
Saudações juvenis!