Pela
Palestina Livre!
Foto: Olga Herbertz |
Na última semana Porto
Alegre foi sede de mais um Fórum Social Mundial, desta vez o Fórum Palestina
Livre. O tema descontentou vários setores da sociedade, alguns dos quais
retiraram o apoio ao evento como forma de pressão para a não realização. No
entanto a pressão falhou e o Fórum aconteceu coincidentemente em um período em
que os ataques à Palestina voltaram a se intensificar.
O movimento Sionista
A primeira questão que
precisa ficar clara é a relação do conflito na Palestina com o movimento Sionista.
É muito comum existir confusão entre este movimento e o Judaísmo.
O Judaísmo é uma religião
seguida no mundo todo. O movimento Sionista surge ainda no século XVIII em
busca de um espaço físico (terras) para os judeus europeus, que sofriam com o
preconceito, sendo agravado nas guerras mundiais. No entanto o sionismo é um
movimento político, de grande viés econômico, construído por judeus, cristãos,
árabes e até mesmo alguns palestinos que criou, com respaldo de grandes
potências mundiais, o Estado de Israel, em terras que já eram habitadas
anteriormente. Ou seja, o Movimento Sionista entrou em terras alheias e tomou
tudo que existia nelas, inclusive grandes riquezas materiais. Quanto aos
judeus, muitos são contra Israel e defensores da Palestina, é errado afirmar
que “os judeus estão repetindo o holocausto que eles mesmos sofreram”
simplesmente por que não são os judeus apenas que mantém Israel e bombardeiam a
Palestina.
Israel, a mídia e a manipulação
Hoje os Sionistas têm
significativa influência financeira no mundo todo, tendo, por exemplo, 96% da
mídia mundial nas mãos, o que facilita a manipulação da informação de massa e a
inversão de papéis da chamada guerra da Palestina (Que de guerra não tem nada,
uma vez que a Palestina mal consegue se defender).
Além da questão midiática,
Israel tem nas mãos grandes empresas das mais diversas áreas, como Petróleo e
Segurança. Tais empresas trabalham em grandes eventos mundiais, como a Copa do
Mundo e as Olimpíadas, facilitando assim as “negociações” (ou chantagem) de
países que são apoios fundamentais para Israel.
Foto: Olga Herbertz |
A partir da importância
econômica de Israel surge uma nova forma de resistência, o que chamamos de BDS
- Boicote, Descapitalização e Sansões – que atingiria de forma direta o
principal braço de apoio da ocupação, as empresas privadas. A ‘xis’ do BDS está
em pressionar governos para que não aceitem contratos destas empresas. No
Brasil a G4S entra por meio de segurança em bancos, aeroportos (tem contrato
com a Embraer) e agora trabalhará com todo o sistema de internet banda larga do
país. Essa mesma empresa faz a segurança dos presídios palestinos e legitima
inclusive a tortura.
Israel
e a questão LGBTQ
Israel tem promovido uma
política extremamente eficiente para ganhar a confiança do mundo todo. Além da
influência econômica, os sionistas tem se mostrado bastante condizentes com
assuntos em geral polêmicos no Oriente Médio, como o problema das mulheres e da
comunidade LGBTQ. Em Israel já é permitido o casamento gay e a entrada de
homossexuais, e mulheres, no exército. Desta forma Israel se mostra muito
simpático frente à preconceituosa e conservadora Palestina das mulheres de véu.
No entanto ao mesmo tempo em que diz respeitar mulheres e homossexuais, os
sionistas torturam, estupram e humilham homens, mulheres e crianças nos seus
presídios. Não respeitam qualquer lei internacional de Direitos Humanos,
prendendo pessoas sem motivos aparentes e sem direito de defesa. O movimento
LGBTQ repudia Israel por este motivo, uma vez que não quer ser objeto de
conquista e opressão de povos.
Foto: Olga Herbertz |
“Não haverá paz no mundo enquanto a
Palestina não for livre.” Essa frase foi repetida diversas vezes durante todo o
evento. A invasão da Palestina é a atual “Guerra sem fim” criada pelos governos
estadunidenses para sustentar a indústria bélica e de guerra. Precisamos dar
todo nosso apoio à Palestina, por que sua defesa é a defesa da paz mundial! É a
defesa da justiça! É a defesa dos Direitos Humanos. Viva a Palestina Livre!
Texto: Olga Herbertz
Texto: Olga Herbertz