quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Greve estudantil na UFSM já tem vitórias concretas

Para outros pontos, a proposta da Reitoria é formar comissões

Ontem (29), o comando de greve estudantil esteve reunido com a Reitoria da UFSM, para uma rodada de negociações,a  reunião teve a presença dos estudantes, do reitor Felipe Martins Muller, o vice-reitor Dalvan Reinert e da pró-reitoria adjunta de Planejamento, Lucia Rejane Madruga. Entre as conquistas, já podem ser listados o RU aos sábados para todos os estudantes, a internet nas CEUs de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões e o kit pedagógico para cursos onde há gastos excessivos com materiais. Além de comissões paritárias para debater questões em relação à assistência estudantil e formação profissional.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

CEPE aprova volta apenas para estágios e TCCs

Repasse elaborado pela bancada estudantil em relação ao CEPE de hoje:


"Foram aprovadas por unanimidade os pedidos de Estágios curriculares e conclusão dos cursos do CCR, da filosofia licenciatura, enfermagem, engenaria civil, música, engenharia mecânica (para 16 estudantes do 9º semestre), fonoaudilogia, engenharia elétrica, administração, direito (assessoria jurídica gratuíta), física, farmácia, engenharia
 química, matemática, química, letras e odontologia. Em relação ao pedido do curso de geografia, o pedido não foi aceito pelo CEPE, pois não houve a concordância dos chefes de departamento envolvidos.

Em relação a volta da totalidade dos cursos de música, gestão de cooperativas, geoprocessamento, filosofia bacharelado e sistema para a internet, havia a posição conclusiva das comissões do CEPE que não aceitava a solicitação. A bancada estudantil do DCE defendeu que não fosse coloca em votação hoje os pareceres para ter mais tempo para esclarecer dúvidas em relação a esses cursos, o que poderia garantir a volta as aulas, como a garantia de todos os departamentos envolvidos de que terão condições de oferecer as disciplinas tanto para esses cursos quanto para os outros cursos que os departamentos oferecem disciplinas. A proposta do DCE de mais alguns dias para contemplar essas questões não foi considerada pelo Reitor, que com uma manobra também não aceitou o pedido de vistas. Esses processos foram colocados em votação e por 23 votos a 22 não foi aceito o pedido de reínicio das aulas.

Em relação ao curso de medicina, o parecer da Comissão liberava apenas os estudantes a partir do 8º semestre e a negava o começo de aulas para as turmas do primeiro ao sétimo semestre. Houve uma manifestação do DCE para que se desmembrasse o processo e se analisse em separado, tentando garantir as condições para toda a medicina, mas a Comissão manteve o parecer único e por unanimidade foi aprovado a volta às aulas somente a partir do 8º semestre.

Em relação ao pedido do curso de biologia, não houve apreciação do CEPE, pois as questões levantadas pelas Comissões do CEPE não foram respondidas pelo curso a tempo de serem analisadas.

Em relação ao curso de filosofia licenciatura, não houve a concordância de todos os departamentos envolvidos e por unanimidade o pedido não foi aceito."

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cotas - Sim à inclusão social

Por Ana Rita

Ao aprovar o projeto que trata das cotas étnico-raciais e sociais no dia 7 de agosto, o Senado Federal mostrou o quanto está maduro para discutir e aprovar propostas que, apesar de causarem indignação nos setores mais conservadores da nossa sociedade, fazem justiça social e colocam fim a décadas de atraso.


Os pobres e negros são maioria na nossa sociedade. Defender a presença cada vez maior e efetiva desta população nas universidades e escolas técnicas públicas é imprescindível e estratégico para fortalecer o processo democrático no Brasil.
Queremos que a democracia cresça e para isso é preciso garantir a todos a mesma condição de educação e de vida. Neste contexto, as cotas sociais e étnico-raciais são fundamentais para superar as desigualdades, em especial, com negros, índios e as camadas mais pobres da população considerada branca.
De cada dez alunos presentes no ensino básico em nosso País, oito estudam em escolas públicas, um universo de mais de 40,6 milhões de crianças e jovens, aproximadamente 80% da população brasileira. A grande maioria destes estudantes, quando consegue acesso ao ensino superior, não encontra vaga nas instituições públicas.
Jovens negros têm 140% mais chance de serem mortos em relação aos brancos e 95% deles não frequentam uma universidade pública. Ora, se temos uma população com mais de 50% de negros e pardos, esta deveria ser a proporção de alunos, caso a seleção fosse realmente justa, nas instituições públicas de ensino superior.
A necessidade das cotas já foi confirmada pelo STF. O projeto aprovado reserva 50% das vagas para alunos egressos de escolas públicas e que nelas tenham estudado todo o ensino médio. Das vagas reservadas, 25% são destinadas a alunos de famílias com renda per capita de até um salário mínimo e meio. Os outros 25% para estudantes de qualquer renda.
As universidades terão quatro anos para se adaptarem ao novo modelo. O argumento que as medidas ferem a autonomia das universidades não se sustenta. Autonomia não é soberania.
Estamos falando de universidade pública mantida por recursos públicos. O acesso precisa ser para todos e cabe ao poder público assegurar esse direito.
Também não é fato que as universidades vão perder qualidade de ensino. Alunos cotistas têm, em geral, desempenho igual ou até superior aos dos não cotistas, como já comprovado por instituições que adotam cotas.
As medidas garantem uma distribuição que leve em conta o retrato fiel da sociedade por unidade da Federação. O projeto aprovado que acreditamos será sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, faz o enfrentamento social, racial e valoriza a noção de direito universal ao ensino público federal.
É uma forma contundente de combater o racismo e resgatar a auto-estima do pobre, do negro e do índio, de reforçar a cultura de convivência plural e valorizar as culturas e costumes.
A vitória no Congresso Nacional é fruto de décadas de luta de diversos segmentos sociais. É mais uma conquista do povo brasileiro!

*Ana Rita é senadora pelo PT do Espírito Santo, vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos do Senando e foi relatora do PLC 180/2008 que trata das cotas raciais e sociais na Comissão de Constituição e Justiça

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Esclarecimento aos estudantes em relação ao pagamento de bolsas

Com o adiamento do calendário acadêmico, muitos estudantes ficaram confusos em relação ao pagamento de bolsas, de pesquisa, extensão, monitoria, PRAE e outras. Tendo com propósito, prestar alguns esclarecimentos, nós do DCE buscamos algumas informações com a PRAE, PRPGP e Câmera de Extenção, cuja reunião ocorreu ontem pela manhã. Sobre as Bolsas de Ensino Pesquisa e Extensão, os projetos externos, como bolsas PIBIC, Probic, Proext continuam recebendo normalmente, conforme pagamento da agência externa. Os projetos internos, vinculados à universidade como as bolsas Fipe, Prolicem e Fiex, os estudantes qeu estão realizando as atividades normalmente, devem receber suas bolsas normalmente, caso isto não ocorra, este, tem direito a ressarcimento. Já os estudantes que estão com as suas atividades inativas devido à greve terão de ter suas bolsas cortadas. Tal inatividade DEVE ser declarada pelo professor grevista responsável, o pagamento volta ao normal a partir do retorno das atividades. Esse pode ser retroativo, dependendo do acordo com o professor. As bolsas de assistência estudantil (assessoria administrativa) – PRAE e de MONITORIA, conforme as resoluções que instituem o pagamento dos bolsistas são calculadas em relação ao período letivo. Portanto a PRAE somente irá retornar o pagamento das bolsas e a transferência de recursos para o pagamento das Bolsas de Monitoria no início do 2º semestre letivo de 2012. Os estudantes que estarão em atividades deverão ter suas bolsas pagas pelo centro ou local em que trabalha. As bolsas via recurso próprio, como as pagas pelos Centros, Reitoria, Hospital, onde o pagamento provém deste setor, devem ser tratadas direto com os mesmo. Caso haja dúvidas, o DCE está em permanente disposição, pode ser contatado através do email: dceufsm@gmail.com, ou pelo telefone: (55) 91478569 – Adriele Marlene Manjabosco (Coordenadora Geral do DCE).

domingo, 12 de agosto de 2012

Bancada estudantil incide no Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão para o adiamento do 2 ° semestre letivo

Nessa sexta feira, dia 10 de agosto, ocorreu à reunião do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão tendo como principal pauta de discussão finalização do 1º semestre, a recuperação das aulas e o início do 2º semestre. Depois de mais de seis horas de discussão entre os conselheiros o CEPE aprovou por 31 votos contra 15, a proposta de adiamento do segundo semestre letivo até o fechamento do primeiro para os Cursos de graduação. 

sábado, 11 de agosto de 2012

CEPE decide por adiamento do início do segundo semestre

Após a reunião do dia 10 de agosto, o Conselhos de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) decidiu adiar o inicio do segundo semestre de 2012 até o término das atividades letivas do primeiro semestre, a votação teve 31 votos a favor e 15 votos contra. Uma segunda votação definiu que os cursos de EaD e pós-graduação tem até o dia 15 de agosto para decidir se começarão ou não as atividades no dia 20 de agosto, porém essa votação foi feita de forma atropelada e não houve respostas aos esclarecimentos pedido pelo DCE sobre flexibilização de prazos para pedidos de bolsas CAPES/CNPQ e outros assuntos relacionados.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Segmentos em greve divulgam orientações para comunidade acadêmica


Texto e foto de Rafael Balbueno, com edição de Fritz Nunes, para o site da Sedufsm



O Comando Local de Greve (CLG) dos docentes voltou a se reunir com diretores de Centro, coordenadores de Curso, chefes de Departamento da UFSM e membros do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) na manhã desta segunda, 6, no auditório Pércio Reis, no CT. Na reunião, foi aprovado um documento com os princípios básicos para orientar a comunidade acadêmica na discussão sobre o término do primeiro semestre e o reinício do segundo. Além disso, o texto aborda também a resolução n.017/2012, publicada pela reitoria na última quinta, 2.


No documento publicado pela reitoria, a reunião do CEPE programada para a sexta, 3, foi cancelada, além de adiar o início o início do segundo semestre em uma semana. Também determinou que os chefes de Departamento, coordenadores de Curso e diretores de unidade analisem e manifestem-se, por meio de memorando entregue na Secretaria dos Conselhos, sobre alguns detalhes referentes ao calendário acadêmico. A data limite para o envio das manifestações é a quarta-feira, 8, às 18h.


O documento aprovado nesta segunda será divulgado a toda a comunidade acadêmica, com ênfase aos conselheiros do CEPE e do Conselho Universitário. Endossam esse documento, que é assinado pelo Fórum Unificado dos três segmentos (SEDUFSM, Assufsm e DCE), os participantes da reunião. A atividade contou com a presença de estudantes e técnico-administrativos em educação (TAEs).


Três eixos norteiam o documento aprovado na reunião desta segunda. O primeiro deles é a não homologação da resolução n.017/2012, que precisa ser referendada pelo CEPE. O segundo ponto é a exigência de que seja colocada para a apreciação do conselho o parecer aprovado pelas Comissões do CEPE na última quarta, 1. Por fim, o documento ratifica um primeiro texto aprovado em reunião entre o CLG, diretores de Centro e coordenadores de Curso na segunda, 30, e referendado também pelos CLGs dos TAEs e dos estudantes. Esse texto cobra o adiamento do calendário enquanto não for encerrado o primeiro semestre, e o esclarecimento de como a comunidade acadêmica deve proceder nesse período. (Veja a íntegra do documento elaborado nesta segunda-feira, abaixo, em anexo).


Resolução é criticada


A resolução n.017/2012 foi muito criticada pelos presentes à reunião. A principal argumentação é sobre o caráter arbitrário do documento. Conforme ressaltou Rondon de Castro, presidente da SEDUFSM e diretor do ANDES-SN, “para resolver uma questão da gestão, a reitoria tenta impor uma normalidade que não existe desde a deflagração da greve”.


Além disso, conforme ressaltou o professor João Batista Dias de Paiva, a reitoria demonstra desconsideração com a necessidade de homologação da resolução pelo CEPE. Para exemplificar essa situação, o professor leu dois e-mails da secretaria de um curso da instituição nos quais os docentes são convocados a se manifestar sobre a data em que voltarão a dar aula. “Ou seja, a resolução nem foi votada e já está colocando isso em prática, e isso é o caos”, afirmou Paiva.


Para o professor Júlio Quevedo dos Santos, vice-presidente da SEDUFSM e 1º tesoureiro da regional Rio Grande do Sul do ANDES-SN, a resolução da reitoria criminaliza o movimento ao cobrar o retorno às aulas, constrangendo assim os docentes que estão em greve.


Resolução não foi acaso


Conforme levantaram alguns dos presentes na reunião, é provável que a publicação da resolução n.017/2012 exatamente um dia depois da reunião das Comissões do CEPE e da CLN não seja por acaso. Na reunião estiveram em pauta dois documentos, um deles era o texto enviado pelo CLG e endossado na reunião do dia 30. O outro documento era de autoria da reitoria, também divulgado no dia 30, e apresentava recomendação ao CEPE sobre o calendário acadêmico, acenando para a possibilidade de um calendário duplo.


Segundo uma chefe de departamento substituta que estava presente, as reuniões das Comissões do CEPE foram tensionadas para que a proposta da Administração fosse aprovada. No fim, após muito debate, a proposta dos três Comandos de Greve foi aprovada por um voto. O parecer final, contudo, conforme ressaltou Adriele Manjabosco, do DCE, acabou por juntar as duas propostas. Dessa forma, o texto resume-se em três pontos: a exigência de que o início do primeiro semestre fique em aberto; a manutenção de reuniões permanentes das Comissões do CEPE e do CLN, para que a situação possa ser avaliada semana após semana, e o início do segundo semestre apenas após o fim do primeiro.


Para o professor Claudio Losekann, do CLG docente, a publicação da resolução n.017/2012 um dia depois das reuniões é uma demonstração clara de que a reitoria sabia que perderia a votação sobre o calendário acadêmico no CEPE, sendo esse plenamente adiado, conforme solicitaram os três CLGs. “A reitoria tem vários ‘ás’ na manga e nesse momento viu a necessidade de interromper o jogo”, afirmou ele.


Adiamento do calendário reafirmado


Na reunião desta segunda, assim como nos outros encontros do CLG com os diretores, coordenadores, chefes e conselheiros, foi reafirmada a necessidade de adiamento do calendário acadêmico enquanto não for encerrado o primeiro semestre. A crítica dos presentes baseou-se principalmente em um ponto muito abordado no último período: a inviabilidade de dois calendários paralelos. Além das impossibilidades no que se refere às questões estruturais e de quadro docente, conforme ressaltou o professor Ascísio Pereira, do CLG, é importante avaliar também a qualidade do ensino caso dois calendários fossem colocados em prática ao mesmo tempo.


“Os números oficiais da UFSM mostram que pouco mais de 50% concluíram suas atividades. Como a gente faria a universidade funcionar? Além disso, é sempre importante lembrarmos da nossa responsabilidade enquanto educadores e educadoras, prezando pela qualidade no ensino, na pesquisa e na extensão”, declarou o professor.


No mesmo sentido, a representante dos TAEs presente à reunião, Loiva Chansis, ressaltou a necessidade de oferecer qualidade ainda na conclusão do primeiro semestre. “Na verdade o reitor quer é resolver a o problema de gestão dele, não importa se para isso tenha que passar por cima da qualidade do ensino. A postura da administração é irresponsável”, afirmou Loiva.


Um dos representantes dos estudantes no CEPE, o integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Alex Monaiar, deu sequência ao raciocínio, ressaltando que a posição da entidade também é pela exigência da qualidade do ensino.